O futuro da inteligência artificial não passa só pelo Vale do Silício, mas por Veldhoven, uma cidade holandesa de 46 mil habitantes.

💾 É lá onde fica a sede da ASML, a única empresa do mundo capaz de fabricar as máquinas de litografia ultravioleta extrema (EUV), essenciais para a produção dos chips mais avançados.

Exatamente por isso, ela é a principal fornecedora de equipamentos para empresas que produzem chips semicondutores, como Intel, Samsung e TSMC. Não à toa, ela está avaliada em quase US$ 290 bilhões.

• Para se ter uma ideia, a máquina mais avançada dela tem 150 toneladas e é avaliada em US$ 350 milhões — apenas uma máquina.

Tudo isso se justifica porque os chips mais avançados, hoje, são usados em boa parte dos eletrônicos mais modernos, de geladeiras a carros elétricos, mas principalmente no desenvolvimento de inteligência artificial.

Bom… Com isso tudo, não fica difícil entender que, no tabuleiro geopolítico, essa tecnologia vira arma de guerra econômica.

A relevância é tanta que os EUA restringiram a venda de máquinas mais avançadas da ASML para fabricantes chineses, tentando limitar a capacidade da China de produzir chips de AI de ponta.

Em resposta, Pequim investe bilhões para desenvolver alternativas internas, enquanto o Japão aposta na Canon e em uma nova tecnologia de nanoimpressão para desafiar o monopólio europeu. No fim, o poder tech significa o poder econômico e militar também.