Mais que turismo. O vice-presidente dos EUA, JD Vance, foi à Índia em uma viagem pessoal com a família, mas acabou levando na mala algo mais importante: conversas comerciais.

Durante o encontro com o premiê indiano Narendra Modi, os dois celebraram o “progresso significativo” nas negociações por um acordo comercial.

O foco? Ampliar a parceria em setores como energia, defesa e tecnologia. Em outras palavras, seria transformar a Índia no novo polo estratégico dos EUA no lugar da China.

China out, Índia in. Desde os anos 2000, os EUA importam muito mais da China do que exportam. Celulares, brinquedos, chips — boa parte do que os americanos consomem vem de lá.

Mas o saldo negativo de quase US$ 300 bi na balança comercial e os atritos geopolíticos fizeram Washington buscar um plano B.

Eis que surge a 🇮🇳 Índia. Só em 2024, o comércio bilateral somou US$ 129 bilhões, com um superávit de US$ 45,7 bi para os indianos, que pretendem dobrar o comércio com os EUA até 2030, substituindo os chineses como principais parceiros.

• Ou seja, ambos querem depender menos da economia de Xi Jinping.

Só que ainda tem ruído no caminho. O representante comercial dos EUA reclamou de “falta de reciprocidade” nas trocas com a Índia, embora tenha elogiado a abertura ao diálogo.

🛃 Bottom-line: No começo do mês, os EUA mandaram uma taxa de 26% em cima de produtos indianos. A medida foi pausada por 90 dias e, por enquanto, a tarifa ficou em 10%.