Como em diversas situações da vida, a resposta é… depende. Tudo parte dos objetivos das marcas com o patrocínio. Antes de mais nada…

Quem são os patrocinadores?

Quando olhamos para o valor gasto em publicidade, a maior parte da grana veio de empresas chinesas, que investiram mais de US$ 2 bilhões no torneio.Em seguida, vem as do Catar e, depois, as dos EUA — como Visa, Coca-Cola, McDonald's e Budweiser(AB InBev) —, ambos os países com mais de US$ 1 bilhão investidos.

E o Brasil? 🇧🇷

Por aqui, o Nubank será o apoiador oficial sul-americano. Além do roxinho, a UPL, gigante do agro brasileiro, será um patrocinador regional.

As marcas querem ser associadas à Copa

Elas querem ser vistas e lembradas. Se a análise do Nu, por exemplo, fosse apenas de quantos novos clientes foram adquiridos pelo valor gasto, talvez a conta não fecharia.Nem tudo no marketing é retorno sobre investimento ou custo de aquisição de clientes. Em muitos casos, o que importa é aparecer — estar presente na mente das pessoas.

O outro lado da moeda ✋

Junto a todos esses benefícios, vem o risco reputacional. O Catar foi muito criticado por violações de direitos humanosdos trabalhadores que construíram os estádios.

• As estimativas são de que ao menos 6.500 imigrantes que foram ao país trabalhar tenham morrido nas obras,embora o comitê organizador do evento negue.

No entanto, nem todo mundo engoliu esse sapo. Um exemplo é a Hummel, fornecedora de materiais esportivos da seleção da Dinamarca.Para protestar contra o Catar, a marca diminuiu seu logo e dificultou a visibilidade:Esse gesto pode gerar um reconhecimento da marca, por parte de quem também se revoltou com a situação, trazendo uma legião de fãs e potenciais clientes.