O bom e velho meio-termo. Depois de acompanhar o “tudo ou nada” que sempre foi típico dos Millennials, a Geração Z está cansada de soluções rápidas e milagrosas.

Como assim? Desiludidos com os altos preços, produtos de pouco eficácia e a falta de diversidade da indústria de bem-estar, os consumidores mais jovens querem estabelecer suas próprias regras.

Voltando um pouco no tempo… Lá em 2010, foi inaugurada a “era do bem-estar”, com o abandono do açúcar, do glúten, do álcool e da lactose.

Nessa época, era pintada uma versão muito brilhante e fantasiada de como é um estilo de vida saudável, sem o reconhecimento de que os maus hábitos também fazem parte da vida.

• É só pensar naquela sequência de stories típica da blogueira que acorda às 5:30 da manhã, corre uma maratona, toma um suco verde e lê 20 páginas de um livro antes das 7h.
• Agora, essa nova geração de consumidores de bem-estar vai à academia pra se sentir bem, mas ainda bebe no sábado à noite. Medita de manhã, mas também fica até tarde no TikTok.

Por que isso é importante? Como o discurso do “suco verde milagroso” não cola mais, vender bem-estar na geração que procura o meio-termo pode ser um grande desafio.

Para algumas marcas, a solução pode ser trabalhar com a ideia de uma mentalidade flexível — “um pouco de álcool e um pouco de salada”. 🥗🍺

O novo ideal, então, seria encontrar um meio-termo que valorize a alimentação saudável e a prática de exercícios, mas que também deixe espaço, vez ou outra, para os maus hábitos.

Indo além das marcas, para os influenciadores, talvez a saída seja continuar postando a corrida e o suco verde da segunda-feira — mas não esconder a ressaca e preguiça do domingo.