O resgate chegou. Depois de 6 meses em recuperação judicial nos EUA, a WeWork conseguiu chegar a um acordo para acabar com as dívidas de US$ 4 bilhões da empresa.

Antes, precisamos voltar alguns anos… A WeWork já foi líder em escritórios compartilhados e a maior inquilina de grandes cidades.

Pra se ter uma ideia, o negócio chegou a valer US$ 47 bilhões, mas, em três anos, despencou 99% chegando nos US$ 44 milhões — sim, com M mesmo.

• Com toda a crise, o peculiar fundador Adam Neumann foi expulso do comando da própria empresa.

Depois disso, no ano passado, a empresa entrou com o pedido de recuperação judicial, cancelando 160 dos seus 450 contratos de aluguel e reduzindo as despesas futuras em cerca de US$ 8 bilhões.

Recentemente, Neumann, o ex-CEO, fez uma proposta de recompra da companhia por US$ 650 milhões — que até então não tinha sido negada oficialmente.

Mas, agora, mostrando que não quer saber do ex, a empresa encaminhou um investimento de mais de US$ 450 milhões em financiamento pelos seus próprios credores — ou seja, para quem ela deve dinheiro.

• Na prática, bancos e fundos de investimento estão trocando as dívidas por ações da WeWork. O SoftBank, por exemplo, pode ganhar mais 16,5% de participação, chegando a 36% do total.

Já a Yardi Systems, uma empresa de softwares de gerenciamento de propriedades, vai se tornar a nova proprietária majoritária, com cerca de 60% de participação.

A proposta já foi acertada entre o WeWork, seus credores, e o tribunal de falências de Nova York. Agora, no fim deste mês, o plano vai ser votado pelos acionistas da empresa.