Segundo um relatório, algumas entidades estão conseguindo “burlar” as sanções americanas com o uso de criptos, tendo recebido US$ 15,8 bilhões em criptomoedas no ano passado.

• Para se ter uma ideia da dimensão desse “drible” nas sanções, esse valor representa quase 40% de todas as transações ilegais com ativos digitais.

Na prática, os Estados Unidos proíbem países aliados de fazerem negócios em determinados setores com países “inimigos”, geralmente em troca de algum apoio, seja militar, político ou financeiro.

Naturalmente, essas medidas impactam o desenvolvimento dessas nações. Por isso, esses países — no caso, Rússia e Irã — têm feito negociações em cripto, principalmente com países dos BRICS, para evitar que os acordos sejam rastreados.

Depois de ser parcialmente cortada do sistema de pagamentos global SWIFT, a Rússia permitiu oficialmente a mineração de Bitcoin e criou regras mais flexíveis para facilitar transações internacionais com criptomoedas.

Esses números mostram o aumento do uso das criptos para lavagem de dinheiro. Governos e órgãos reguladores já alertam sobre os riscos dos ativos digitais para lavagem e financiamento de atividades ilegais.

Um exemplo é o Tornando Cash, um app que “embaralha” as transações por criptomoedas e dificulta o rastreio dentro do sistema de blockchain. Para você ter uma ideia, as entradas no app aumentaram quase 110% no ano passado.

Talvez você não se lembre, mas um dos incidentes que mais incentivou o uso da Tornado Cash foi o hack da HECO Bridge, onde criminosos usaram o app para enviar quase US$ 150 milhões para lavar o dinheiro.