
EUA, China, Canadá e México entram de vez em guerra tarifária
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EUA, China, Canadá e México entram de vez em guerra tarifária


O flerte se tornou realidade. Após especulações, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a acionar sua estratégia protecionista e impôs novas tarifas sobre produtos importados do Canadá, México e China.
🇨🇦🇲🇽 Os EUA aplicaram uma tarifa de 25% sobre importações dos dois países vizinhos, o que pode equivaler a um aumento total de impostos sobre o público dos EUA de algo entre US$ 120 bilhões e US$ 225 bilhões por ano.
🇨🇳 Já com relação ao país asiático, o governo americano também aumentou as tarifas sobre produtos chineses em 10%, elevando algumas taxas para 20%.
The key of the matter. A decisão de taxar aliados se baseia, principalmente, na política do “American First”, além de pressionar os governos locais a reforçar suas políticas de segurança e combate ao tráfico, principalmente em relação ao fentanil.
Uma dose de contexto: O fentanil, 50 vezes mais potente que a heroína, é um dos principais responsáveis pela crise de overdoses nos EUA. Washington culpa países vizinhos pelo tráfico e acusa Pequim de permitir a exportação de insumos para sua fabricação.
A reação veio de forma imediata
É claro que os três países atingidos não iam deixar barato e, no mesmo dia, já retaliaram o governo americano:
- Canadá: Anunciou tarifas de 25% sobre US$ 107 bilhões em produtos americanos, afetando setores como siderurgia e agronegócio.
- China: Impôs novas tarifas de 10% a 15% sobre produtos agropecuários dos EUA, incluindo milho, soja e carne bovina, atingindo exportações no valor de US$ 21 bilhões.
- México: Prometeu "respostas proporcionais" e estuda sobretaxar bens de consumo e automóveis americanos. A presidente Claudia Sheinbaum destacou que "os EUA estão punindo um aliado".
Impacto no mercado 📉
As novas tarifas afetaram o mercado financeiro global, como se pode ver nesse vídeo a queda das ações da Bola de Valores americana enquanto Donald Trump discursa sobre a aplicação das tarifas.
Os principais índices de Wall Street tiveram quedas acentuadas:
- S&P 500: queda de 1,75%, o maior recuo do ano;
- Nasdaq: queda de 2,64%, puxado pela queda de 8,7% da Nvidia (US$ 250 bi em valor de mercado) com medo de restrições chinesas afetarem a demanda por chips;
- Rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos caiu para o menor nível desde outubro;
- Bitcoin: queda e ficou abaixo de US$ 84 mil;
- Dólar: Se fortaleceu frente ao peso mexicano e ao dólar canadense, mas caiu contra o euro e o iene.
Para os americanos, o impacto pode ser significativo, encarecendo produtos como eletrodomésticos, veículos e alimentos.
⚠️ Sinal de alerta: Além da alta nos preços, parte do mercado já faz a leitura que a economia dos EUA pode desacelerar, com o FED de Atlanta projetando a queda do PIB do 1° trimestre de 2025 de +3,9% para -2,8%.
O que isso significa para o comércio global?
O aumento das tensões comerciais marca um novo capítulo na disputa econômica entre as potências mundiais. E esse jogo parece ter mudado muito do final do século XX para cá.

Com os Estados Unidos “se isolando” de alguns aliados, a China ganha força — e campo — para negociar com novos parceiros ao redor do mundo. O Xi Jinping agradece. risos.

Redação

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