Pesquisadores podem ter encontrado "ouro" no tratamento da esclerose múltipla — e quando falamos “encontrado ouro” — não se trata de uma figura de linguagem.

Uma medicação chamada CNM-Au8, uma solução bebível com nanocristais de ouro, mostrou bons resultados em ensaios clínicos, melhorando significativamente sintomas associados à doença.

Mas para início de conversa: o que é esclerose múltipla?

🩺 A esclerose múltipla é uma doença autoimune crônica do sistema nervoso central que afeta o cérebro e a medula espinhal.

O sistema imunológico danifica a bainha de mielina, causando interrupção de impulsos nervosos, levando a sintomas como fadiga, dor e dificuldades motoras.

Desenvolvido pela companhia companhia Clene Nanomedicine, o intuito da droga é atravessar a barreira hematoencefálica, estrutura que “separa” tecido nervoso do sangue.

A partir disso, a substância atuaria melhoraria a atividade celular e restauraria a condução adequada de impulsos nervosos pelos neurônios.

Em outras palavras, a ideia é a seguinte:

Se pudermos dar um “impulso extra” aos componentes do Sistema Nervoso Central, os sintomas associados podem ser atenuados.

Entre os 78 participantes do ensaio clínico:

• dois terços receberam o tratamento
• um terço recebeu placebo

Dito isso: As ressonâncias magnéticas dos pacientes que receberam a medicação mostraram resultados significativamente superiores.

Apesar do entusiasmo, o estudo ainda se encontra em uma fase intermediária, ou seja, ainda vai demorar para que possamos ver o tal “ouro líquido” sendo amplamente prescrito.