Quando o estagiário começou a estudar anatomia na faculdade de Medicina, um de seus primeiros questionamentos foi: de onde vêm todos esses cadáveres?

Bem, no Brasil, há uma legislação extremamente rigorosa para que um cadáver possa ser utilizado em prol da ciência. Existem duas possibilidades:

• Pessoas podem doar o próprio corpo voluntariamente, formalizando o pedido antes de vir a óbito;
• Cadáveres sem identificação ou não reclamados por familiares dentro de um prazo podem ser destinados às instituições de ensino.

No entanto, repare que em momento algum falamos sobre quantias financeiras. E é exatamente isso que está acontecendo nos Estados Unidos.

O Caso de Aurimar

Aurimar Iturriago Villegas, uma jovem venezuelana de 21 anos, atravessou uma perigosa jornada para alcançar o que pensava ser o “sonho americano”.

No entanto, dois meses após ter chegado ao Texas, foi morta em um incidente de violência no trânsito.

Dois anos após o óbito, sua mãe descobriu que o corpo da filha foi usado para pesquisa científica sem qualquer tipo de autorização.

Um verdadeiro pesadelo

Após investigações, descobriu-se que as autoridades haviam transferido o corpo da menina para uma faculdade de medicina.

Ao chegar à instituição, partes intactas do cadáver foram dissecadas e valores financeiros foram atribuídos a elas — 900 dólares pelo torso e 700 dólares pelos membros inferiores.

Agora, e se te disséssemos que a história de Aurimar não é um caso isolado? Aos que quiserem entender melhor sobre o assunto, essa é apenas 1 de 17 histórias contadas pela NBC News. Você vai se surpreender.