Uma vitória contra o tempo. O triunfo de Novak Djokovic sobre Carlos Alcaraz por 3 sets a 1 pelas quartas-de-final do Australian Open foi, acima de tudo, um duelo de gerações.

Logo no 1º set, o sérvio, que é 15 anos e 348 dias mais velho que o espanhol, começou a mancar com um problema na parte superior da perna esquerda, que o fez solicitar atendimento médico e voltar com uma faixa no local.

• Alcaraz aproveitou esse momento de “fraqueza” e conseguiu fechar a 1ª parcial. Contudo, Djoko voltou mais agressivo, mirando o backhand de Carlitos, e se recuperou na partida para vencer o confronto por 4/6, 6/4, 6/3 e 6/4.

O sérvio chegou a afirmar na entrevista coletiva pós-jogo que poderia ter desistido, caso não tivesse conseguido empatar a partida após o 2º set. Em suas palavras: “Mas me senti cada vez melhor e consegui jogar alguns games fantásticos”.

Tal confiança se mostrou visível, com Novak conseguindo evitar break points, controlar o jogo, inclusive emocionalmente, e vencer grandes pontos — como essa longa troca de bolas.

Mesmo com 3 Grand Slams no currículo, o principal erro de Alcaraz foi não conseguir evitar que o sérvio voltasse ao jogo, o que ele mesmo admitiu.

Para Djokovic, essa foi a 5ª vitória contra 3 do espanhol no confronto direto, sendo a 4ª consecutiva. Além disso, o triunfo lhe garantiu a 50ª semifinal de GS — a 6ª seguida na Austrália.

Caso conquiste o seu 11º título no Australian Open e 25º título de Grand Slam na carreira, o caneco o consagraria como o mais velho campeão de simples da história. Nas semis, ele enfrentará o alemão Alexander Zverev, #2 do ranking.