
O crescimento da comédia e do stand-up nos últimos anos
INFOGRÁFICO
O crescimento da comédia e do stand-up nos últimos anos


(Imagem: Netflix)
Durante muito tempo, um dos principais sonhos de comediantes que viviam de shows e stand-ups era ter a oportunidade de roteirizar e estrelar em seu próprio programa de TV, no formato sitcom.
Casos de sucesso, como Robin Williams e Jerry Seinfeld, mostravam que era possível lucrar — e muito — por esse caminho.
Curiosidade: O sitcom de Seinfeld ficou no ar entre 1989 e 1998. Em 2019, a Netflix pagou US$ 500 milhões pelos direitos de streaming do programa. Aqui você confere toda essa trajetória de 30 anos.

Fast-forward para hoje, comediantes como Bert Kreischer não precisam ficar “reféns” de um contrato com alguma emissora.
Isso porquemuitos conseguem ganhar dinheiro suficiente combinando o faturamento de suas turnês com a receita de diferentes meios de comunicação — redes sociais e podcasts.
No caso de Kreischer, social media pode até ter sido seu primeiro contato com a fama. Mas foi o “rei dos podcasts”, Joe Rogan, quem o encorajou a focar no stand-up.
As apresentações ao vivo, por sua vez, chamaram a atenção da Netflix, que então lhe concedeu uma vitrine global para alcançar milhões de pessoas — Kreischer fez três especiais nos últimos seis anos.
👀💰 Atenção = Dinheiro. Kreischer arrecadou cerca de US$ 33 milhões apenas em sua turnê entre outubro de 2022 e 2023.
Ao todo, os shows de stand-up movimentaram quase US$ 910 milhões em 2023 nos EUA, um aumento de 37% em relação ao ano passado e quase o dobro da cifra de 2019.

O efeito Netflix na comédia 📺
No final da década de 1990, um dos grandes responsáveis por financiar vários especiais de stand-up — de 30 minutos de duração — era o canal Comedy Central.
Anos depois, o mesmo Comedy Central licenciou esses especiais para a Netflix. Os comediantes notaram que esse movimento lhes daria um impacto maior do que a exibição inicial no Comedy Central.
🔑 A virada de chave. Em 2013, a gigante do streaming começou a investir em stand-up originais, especialmente porque o atual co-CEO, Ted Sarandos, à época presidente de conteúdo, era fanático pelo gênero.
Além disso, o executivo enxergava o stand-up como um gênero pouco explorado, uma forma "barata" de conseguir horas de programação e alguns nomes famosos na plataforma.
A Netflix expandiu rapidamente seu negócio de comédia, passando de um punhado de especiais por ano para dezenas — foram 50 ou mais em 2017, 2018 e 2019.
Fora isso, o streaming atraiu os principais nomes da indústria, incluindo o próprio Seinfeld, Chris Rock, Dave Chappelle e Kevin Hart (na foto abaixo), chegando a desembolsar US$ 20 milhões de dólares por um único especial.

😡 Os concorrentes ficaram daquele jeito, irritados, dizendo que a Netflix estava sendo irracional e pagando muito mais do que os stand-ups realmente valiam.
Maaass… Para a nova geração de comediantes, o nível de compromisso da empresa do tu-dum com o gênero passou a pesar na hora de escolher em qual plataforma seria sua nova aventura.
Em 2019, Taylor Tomlinson optou por um set de 15 minutos para o novo programa da Netflix, “The Comedy Lineup”, em vez de um especial de 30 minutos para o Comedy Central.
- O desempenho da comediante foi positivo e ela, consequentemente, acabou ganhando 3 especiais na Netflix.
- Essa exposição, inclusive, abriu os olhos da CBS, que este ano ofereceu a ela a oportunidade de apresentar um talk show.
Era exatamente esse tipo de vitrine que esses comediantes precisavam. Até porque, como mencionamos antes, a maioria deles não vê os especiais como sua principal fonte de renda.
Muitos gravam especiais para levar os espectadores aos seus shows ao vivo.
Nem tudo são flores...
Se, por um instante, os concorrentes temeram que a Netflix tivesse encurralado o mercado, eliminando a concorrência e limitando a influência dos comediantes nas negociações…
… Não demorou muito para que o sucesso da Netflix também inspirasse a Amazon e outros streamings a se aventurarem no segmento.
Pense que isso é uma ótima notícia, tanto para os comediantes quanto para seus agentes, uma vez que a concorrência para tê-los aumenta, subindo o preço dos direitos deles.
Aliás, o Prime Video fez até um reality com vários nomes da comédia e do stand-up nacional. Confira o trailer abaixo:
O poder dos podcasts 🎙
Os comediantes de hoje em dia não carecem de meios de comunicação. Alguns dos maiores nomes em turnê no momento construíram um público usando o YouTube ou podcasts.
O gênero comédiarepresentou 17% da receita de US$ 1,93 bilhão dos anúncios em podcast nos EUA em 2023, ultrapassando o nicho de esportes, que agora detém 13% do total.
Como está a indústria de stand-up no Brasil 🇧🇷
Embora não haja divulgação dos números atuais, o segmento movimentou R$ 180 milhões em 2019.
Já em 2021, com cada vez menos restrições sanitárias referente à pandemia, os stand-ups voltaram ganhar popularidade, aproximadamente 20 anos depois de seu primeiro boom.

Redação

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