“Pera lá, não é bem assim…” Com o aumento na desconfiança por parte dos investidores sobre as medidas econômicas do governo, Haddad e Tebet foram escalados para acalmar os ânimos do mercado.

• Os dois fizeram um discurso afirmando que vai acontecer um “ritmo mais intenso de revisão de gastos”, dando a entender que o governo pode começar a pensar em cortar despesas.

As primeiras reações: Após disparar e atingir o maior patamar desde janeiro de 2023 — acima dos R$ 5,40 —, o dólar fechou a sessão de ontem com queda de 0,73% aos R$ 5,36 — ainda o valor mais alto em 17 meses.

Basicamente, o governo disse o que os investidores esperam faz tempo: que é hora de diminuir os gastos. Isso porque, desde que Lula voltou à Presidência, o foco tem sido aumentar arrecadação e, consequentemente, os impostos.

A questão é que, mesmo aprovando medidas de aumento de receita, o governo continua gastando mais do que arrecada e fechando as contas no vermelho. A meta de um superávit em 2025, por exemplo, foi anulada.

Foi uma semana e tanto 💸…

Nos últimos dias, o Congresso barrou uma proposta de Lula que aumentaria impostos em quase R$ 30 bilhões e Fernando Haddad passou a ser o foco das críticas do mercado.

O ministro da Fazenda tem perdido credibilidade com os investidores e no núcleo ideológico do próprio PT, que acredita que ele não é adepto o suficiente das políticas do presidente.

O veredito do chefe: Lula defendeu Haddad o chamando de “extraordinário”. Logo depois, na Suíça, o presidente defendeu a taxação dos bilionários e a criação de uma AI dos países do Sul para “competir com os mais ricos”.