É impossível falar de esporte sem falar das mulheres, principalmente daquelas que abriram espaço para que outras pudessem desbravar o mundo com seus talentos.

Esse é o caso de Serena Jameka Williams, a maior tenista da história e uma das maiores atletas de todos os tempos.

Serena nasceu em Saginaw, Michigan, mas foi em Compton, Califórnia, que sua jornada no tênis começou.

Mesmo vivendo em um bairro marcado pela violência e pela falta de oportunidades, Richard Williams, pai e treinador de Serena, tinha um plano: transformar as filhas em campeãs.

Ele leu um manual sobre tênis e decidiu que suas meninas dominariam o esporte — veja imagens das duas jovens treinando aqui. Quando um técnico disse que Vênus seria a próxima Michael Jordan, Richard respondeu:

Não, eu tenho as próximas duas.

E ele não estava errado. Vênus brilhou primeiro, mas logo Serena tomou a cena para si. Aos 10 anos, ela marcou 46-3 na turnê júnior da United States Tennis Association e ficou em 1° lugar na divisão de 10 anos ou menos.

Mesmo com pouca idade, Serena já mostrava que não queria se inspirar em alguém, mas sim inspirar outras pessoas — veja aqui.

Com um jogo explosivo e uma força que o tênis feminino nunca tinha visto, ela conquistou seu 1° Grand Slam no US Open de 1999, pouco antes de completar 18 anos. E isso era só o começo…

Domínio absoluto e rivalidade entre irmãs

Nos anos 2000, o tênis presenciou algo inédito: 4 finais seguidas de Grand Slam entre irmãs. Serena e Vênus protagonizaram duelos históricos, que mais pareciam disputas de família do que simples jogos.

• Mas, apesar da rivalidade, a irmandade falava mais alto. Juntas, conquistaram 14 Grand Slams em duplas e 3 ouros olímpicos.

Enquanto Vênus reinava em Wimbledon, Serena dominava tudo. Seu saque, acima dos 200 km/h, e sua mentalidade feroz a tornavam praticamente imbatível.

Das tragédias à glória

Mas a vida nem sempre jogou a favor dela:

• 2003: Perdeu sua meia-irmã Yetunde, assassinada em Los Angeles;
• 2010: Cortou o pé em vidro quebrado e quase perdeu a perna;
• 2011: Sofreu uma embolia pulmonar que quase a matou.

Serena era constantemente criticada pelo seu corpo, estilo de jogo, postura dentro e fora das quadras, além de ter que enfrentar inúmeros casos de racismo e sexismo.

Tudo por duvidarem de sua grandeza. Mas a resposta sempre veio com raquetes e troféus.

Em 2017, Serena venceu o Australian Open enquanto estava grávida, e depois de dar à luz a sua filha, ainda voltou às quadras para disputar mais 4 finais de 4 Grand Slams.

Mas, cinco anos depois, chegou a hora do adeus. O US Open foi seu palco final, e sua despedida emocionou o mundo. Confira esse vídeo fenomenal feito pela Nike em sua homenagem.

A mulher que cresceu treinando em quadras rachadas de Compton se tornou a maior tenista da era aberta com 23 Grand Slams em simples, além de outros números surreais:

• 319 semanas como #1 do mundo no ranking da WTA;
• Venceu os 4 Grand Slams consecutivos duas vezes (2002-03 e 2014-15);
• 73 títulos de simples no circuito da WTA;
• Venceu ao menos um Grand Slam em 3 décadas diferentes (1990s, 2000s e 2010s);

Serena não foi apenas uma jogadora de tênis. Ela foi um furacão. Mudou as regras do jogo, abriu portas para mulheres negras no esporte e provou que talento e dedicação superam qualquer obstáculo.

PS: Se você gostou desse texto e se interessou por conhecer mais da história dessa rainha do tênis, clique aqui que o estagi tem uma ótima dica pro seu final de semana. Só não esquece de agradecer depois. risos.