Recentemente um acontecimento estranho chocou muita gente pelo Brasil inteiro. Trata-se do caso do “Tio Paulo”.

Um resumo do ocorrido: a sobrinha de um homem o levou ao banco para sacar um empréstimo.

No entanto, havia um detalhe: o “homem” já não estava mais vivo. Sim, a mulher levou um cadáver para assinar um documento em um banco.

• Aos que quiserem entender melhor a história, é só clicar aqui.

E o que isso tem a ver com a tal “Epidemia de Zolpidem”?

A sobrinha alegou à Justiça que não estava orientada naquele momento, talvez pelo uso da tal droga. Aqui vão algumas declarações:

• “Foi horrível eu não percebi que meu tio estava morto.”
• “Como eu faço tratamento, eu tomava zolpidem, às vezes tomava mais do que um.”
• “Não sei se foi efeito do remédio que eu tinha tomado naquele dia.”

Do que se trata o remédio?

🩺 O zolpidem é um medicamento utilizado para o tratamento da insônia.

Ele atua no sistema nervoso central, promovendo um sono mais rápido e prolongado ao aumentar a atividade de um neurotransmissor inibitório chamado GABA.

(Imagem: Outra Saúde | Reprodução)

O problema é: indivíduos que não têm indicação para consumo da droga estão usando-a — e em doses altíssimas.

O medicamento, indicado inicialmente para a insônia, tem uma meia-vida curta, o que significa que é rapidamente eliminado do organismo.

Esse atributo, que inicialmente parecia benéfico, na verdade, aumenta o potencial de vício.

Em outras palavras: quando mal utilizado, leva à necessidade de se administrar doses frequentes e eventualmente ao abuso.

Agora os números por trás disso…

• em 2018 foram vendidas 13 milhões de caixas de Zolpidem no Brasil
• Em 2021 esse número saltou para 20 milhões

Especialistas analisam que o stress vivenciado por muitos durante a pandemia fez com que muitos enxergassem na droga uma “válvula de escape”.

Desde então, os números não param de crescer a cada ano que passa.

Inclusive, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma resolução mais rígida para a prescrição do fármaco.

Resumindo: o que era para ser uma solução para a insônia, agora representa um grande desafio de saúde pública.