Nos últimos dois anos, colocar “AI” no nome de sua empresa era quase um atalho para chamar atenção em Wall Street. A sigla soava moderna, inovadora e ajudava até empresas pequenas a surfar no entusiasmo dos investidores pelo tema.

Agora, porém, esse rótulo virou um alvo. Com a primeira onda de decepções nos resultados, companhias que se apresentam explicitamente como negócios de inteligência artificial estão entre as que mais sofrem no mercado.

Nem mesmo players em expansão escaparam. A SoundHound AI, de reconhecimento de voz, recuou quase 3% sem notícias negativas específicas.

• A exceção foi a Gaxos.ai, que disparou após anunciar uma nova plataforma de imagens e vídeos, mas já devolveu parte dos ganhos.

O movimento mostra como a estratégia de marketing de alinhar a marca ao tema deixou de ser proteção e passou a ser um risco. Com investidores mais seletivos, a volatilidade está batendo mais forte justamente onde antes havia euforia.