Fora do ar. É com essa mensagem que quem tenta entrar no Instagram na Turquia se depara, já que o aplicativo está banido em todo o país desde o final de semana.

• Esse é o cenário desde que um oficial turco acusou a rede social de censura por bloquear mensagens de condolências pela morte de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, e de apoio ao grupo terrorista.

A justificativa oficial: O governo diz que tomou a decisão por “conteúdos problemáticos” envolvendo ofensas contra um líder político do país e posts envolvendo drogas, jogos e violência.

Essa não é a 1º vez que a Turquia bloqueia uma rede social. Facebook, X e Wikipédia já passaram por isso depois que uma lei aumentou o controle do governo sobre as plataformas em 2020.

De lá para cá, o número de sites estrangeiros bloqueados disparou, e só nos primeiros meses deste ano mais de 1 milhão de domínios ficaram fora do ar.

O impacto: Num país com 85 milhões de pessoas, quase 60 milhões de usuários do Instagram são turcos. Entre anúncios e vendas online, a perda de receita com os 3 dias de bloqueio pode passar dos US$ 55 bilhões.

A parte geopolítica da história 🇹🇷🤳

A Turquia tem deixado cada vez mais claro o seu apoio ao Hamas contra Israel. A morte do líder do grupo terrorista foi classificada como “ato desprezível que interrompe a causa palestina” pelo governo turco.

Mesmo fazendo parte da OTAN — aliança dos países do Ocidente —, o presidente da Turquia muitas vezes vai na contramão do bloco. Ele chegou, inclusive, a liberar o tratamento de membros do Hamas em hospitais do país.

Bottom-line: A Turquia se junta ao Irã, China, Rússia e Coreia do Norte na lista de países em que o Instagram é proibido.