A onda da inteligência artificial está trazendo de volta ao Vale do Silício aquela regra de queimar caixa para crescer rápido e só depois virar lucrativo. E quem está comandando isso é a OpenAI — em níveis nunca antes vistos.

A empresa por trás do ChatGPT planeja queimar US$ 115 bilhões até 2029. Isso sem falar no contrato da startup com a Oracle de US$ 300 bilhões de 2027 a 2031.

O que chama atenção é que a empresa captou “””apenas””” US$ 64 bilhões até hoje — ou seja, nem está perto de ter esse dinheiro todo em caixa.

Para efeito de comparação, as cifras que algumas startups queimaram antes de virarem negócios lucrativos:

• Uber: US$ 18 bilhões em 7 anos;
• Tesla: US$ 9,3 bilhões em 12 anos;
• Snapchat: US$ 3,2 bilhões em 6 anos;
• Netflix: US$ 11,1 bilhões em 8 anos.

Na prática, a empresa deve voltar na regra do jogo do Vale do Silício e trocar mais um percentual de ações por mais uma boa tonelada de dinheiro.

Aliás, indo além… Não seria loucura pensar que essa captação com investidores poderia ser na casa dos US$ 50 bilhões, o que seria simplesmente o dobro do maior IPO da história, do Alibaba, em 2014.