Coincidência?

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Coincidência?

Bruno Costa
Bruno Costa
2 outubro 2022Última atualização: 2 outubro 2022
Gabriela e o Diogo se conheceram em setembro de 2019, no Rio de Janeiro. Ela estava de visita na cidade, enquanto ele estava só curtindo mais um final de semana no quintal carioca.
  • Um casal de amigos apresentou os dois, naquele esquema de “encontro armado” que muita gente já conhece.
A Gabi não é nada tímida, mas estranhou o contexto e demorou para se soltar. Já o Diogo, se apaixonou de primeira — e não fez esforço nenhum pra esconder.No dia seguinte, já encheu o celular da Gabriela de mensagens, com direito ao print da passagem para visitá-la em Belo Horizonte no próximo final de semana.Enquanto ele estava visivelmente apaixonado — famoso último romântico —, ela queria ir com calma. Eles continuaram a paquera, mas a Gabi não conseguiu se envolver.
  • No Revéillon, ela percebeu que estava na hora do “vai ou racha” — e, antes mesmo da meia noite, decidiu rachar.
Alguns meses depois… Veio a pandemia. Em uma dessas noites regadas de vinho e chamadas no zoom, a Gabi começou a conversar com uma amiga sobre suas últimas paqueras fracassadas.Durante o bate-papo, essa amiga sugeriu que ela escrevesse uma carta para São José, detalhando tudo que ela desejava encontrar em um relacionamento. 
  • Como já estava há 5 anos solteira, a Gabi pensou: São José nem me conhece, vou pedir um marido logo de uma vez.
Ela escreveu páginas e mais páginas com tudo o que considerava importante. E, no final, ainda pediu para que São José lhe desse um sinal claro e inequívoco de que o amor havia chegado.Brincadeiras à parte, a Gabriela levou a sério o conselho da amiga, mas logo esqueceu o que tinha escrito. Não contou pra ninguém e deixou a carta guardada. Na semana seguinte… O Diogo mandou uma mensagem perguntando como ela estava. Os dois começaram a conversar e permaneceram assim por, pelo menos, 4 meses.Conversavam todos os dias, mas não tinham perspectivas de um encontro: mal podiam ir ao supermercado, que dirá paquerar em outro estado.
  • O diálogo se manteve despretensiosamente, até que, em setembro de 2020, um amigo da Gabi a convidou para ir passar o final de semana no Rio de Janeiro.
Estava tudo no esquema: Eles iriam de carro, alugariam um Airbnb e ficariam de “home office” com vista para o mar. E, se possível, ela ainda poderia reencontrar o seu antigo paquera.
Como já dizia Richard Bach, não chore nas despedidas, pois elas constituem formalidades obrigatórias para que se possa viver uma das mais singulares emoções da vida: O reencontro.
Exatamente um ano depois do primeiro beijo, eles ficaram de novo. Mas, dessa vez, foi diferente: os dois estavam mais calmos, mais maduros e com menos expectativas.
  • Em uma dessas saídas depois do reencontro, a Gabi reparou que tinha um santinho ao lado da cama do Diogo.
Ao perguntar que santo era aquele, ele respondeu que era São José. A Gabriela ficou de orelha em pé, mas achou que era só uma coincidência boba.Entrando no carro do Diogo, ela viu que tinha um adesivo de santo. Só para ter certeza, perguntou, outra vez, que santinho era aquele. Novamente, ele falou que era São José.Desconfiada, ela logo questionou que cisma era aquela com o seu santo. Foi aí que o Diogo contou que sua família era muito devota de São José — e, por isso, ele se chamava Diogo José.
  • Toda arrepiada, a Gabriela voltou pra casa e foi dar uma olhada na carta que estava há tanto tempo guardada.
Ao reler suas palavras, ela viu que o seu desejo virou realidade. Na verdade, mais do que isso: muito antes do “pedido formal”, suas preces já tinham sido atendidas.
Como já dizia Carla Madeira, alguém pode passar pela esquerda enquanto olhamos distraídos para a direita. Por um triz o paralelo nos obriga ao desencontro eterno.
Talvez a carta tenha sido só uma forma da Gabi visualizar o que ela queria para o seu futuro. Ou, talvez, São José tenha mesmo escutado as suas orações. De um jeito ou de outro, as coincidências não eram suficientes.
  • A Gabriela teve que conhecer o Diogo na intimidade e nos detalhes. Foi nas bobeiras do dia a dia que ela encontrou o amor que alimentava a sua alma.
Hoje, eles estão casados, dividindo um apartamento em Belo Horizonte. Já faz quase seis meses que eles oficializaram a união, mas os dois continuam se casando todos os dias.A Gabi escreveu essa história um dia desses, de madrugada, quando o Diogo estava no Rio de Janeiro a trabalho. Virando de um lado pro outro na cama, ela só conseguia pensar na falta que ele faz quando não está em casa — e no quanto ela é sortuda por continuar dizendo “sim” todas as manhãs.Pensando nisso, a Gabi queria agradecer ao Diogo por sempre ter acreditado nesse amor. Seja por destino, coincidência ou plano divino, São José acertou em cheio ao juntar esses dois caminhos.
Bruno Costa

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