Retrospectiva 2024: Setembro e Outubro

RETROSPECTIVA

Retrospectiva 2024: Setembro e Outubro

Redação
Redação
30 dezembro 2024Última atualização: 27 dezembro 2024
BRASIL

Entre queimadas e cadeiradas, ninguém podia twittar

Teve muita coisa em setembro, mas não teve Twitter X. O mês foi marcado pela saudade dos brasileiros — ao menos dos que não usaram VPN — de uma das redes sociais favoritas por aqui.

Além da investigação da PF sobre quem estava usando VPN, a plataforma mudou a sua hospedagem de um servidor próprio para a CloudFare, o que driblou o bloqueio de Xandão.

🧐 “Dênius, eu nunca entendi isso, me explique?” Pense na situação como vários hotéis. A justiça bloqueou o hotel próprio do X. Assim, Musk fez as malas e se mudou para o hotel CloudFare, que já hospedava Spotify e Uber.

Para não bloquear todo o hotel e seus diversos hóspedes ilustres, a Anatel conseguiu bloquear apenas o “quarto” do X.

O app só foi liberado em outubro, quando Musk e sua equipe cumpriram com exigências legais de pagamento das multas, bloqueio de perfis específicos e a nomearam um representante legal.

Incêndios de uma ponta a outra…

Foi assim que o Brasil se encontrava em setembro. A contagem de focos de incêndios ultrapassou 83 mil, marcando um recorde histórico pro país.

Se você não entendeu se esse número é alto ou baixo, saiba que de janeiro a agosto deste ano, o Brasil teve 120 mil focos.

🚬 O impacto disso foi direto para o seu pulmão. Para ter uma ideia, um estudo mostrou que a qualidade média do ar da cidade de São Paulo estava o equivalente a fumar de quatro a cinco cigarros por dia.

💵 Quem sentiu também foi o bolso do governo. O ministro do STF, Flávio Dino, precisou autorizar gastos fora dos limites fiscais para combater às chamas.

Já nas eleições, o clima também estava quente 👀

Em outubro, os brasileiros decidiram quem ia ocupar as cadeiras de vereador e prefeito, mas “cadeira” já era assunto desde setembro.

🪑 Isso porque, nos debates eleitorais da cidade de São Paulo, as farpas e mais farpas terminaram com uma cadeirada de Datena em Pablo Marçal, e o caso viralizou até fora do país.

Antes do povo ir às urnas, quem dominava era o Centrão. O PSD era o partido com mais prefeituras (968), seguido do MDB (838).

Agora, o PSD ocupa 887 prefeituras enquanto o MDB tem 854 cadeiras. Outro número que foi marcante nessas eleições foi a taxa de abstenção: 29% — a segunda maior da história, perdendo apenas para a eleição durante a pandemia.


MUNDO

Furacão em dose dupla, Venezuela no ringue e jornais sofrendo cancelamento?

A mídia deve opinar? 🗣️

As eleições americanas foram só em novembro, mas outubro já foi marcado por quem estava opinando: a mídia.

Isso porque, lá na terra do tio Sam, é comum que jornais e veículos de mídia declarem sua posição política.

  • Digamos que a mídia dá uma mãozinha para quem ainda está indeciso sobre em quem votar.

No estilo “você não é todo mundo”, o Washington Post decidiu não declarar seu voto, quebrando sua tradição de décadas — o que só tinha ocorrido com Los Angeles Times, ainda esse ano.

Esse posicionamento neutro do WaPo acabou atraindo muitas críticas, e mais de 250 mil pessoas cancelaram sua assinatura em um único dia.

Essa polêmica trouxe a pergunta: a mídia deve se posicionar ou ser imparcial?

Em uma pesquisa realizada pela Waffle em outubro, 42% das pessoas disseram que a mídia não deve ser parcial. Do outro lado, 13% acham que a parcialidade é aceitável em períodos de eleições ou assuntos políticos, e 22% defendem que a parcialidade é importante em qualquer contexto.

E por falar em política…

Na Venezuela, as eleições também causaram caos, mas de outra natureza.

🇻🇪 Perseguido e exilado. Após disputar as eleições com Maduro, o opositor Edmundo González teve que fugir para a Espanha. Um mandado de prisão tinha sido emitido contra ele, acusado de expor fraudes no processo eleitoral. Ele disse que foi coagido a assinar um documento reconhecendo a vitória de Maduro para poder deixar o país.

“O documento que assinei não tem validade. Foi sob coação”, declarou González em um vídeo gravado em seu exílio.

A crise política venezuelana se intensificou quando Maduro:

  • Acusou a ONU de interferência internacional, o que gerou atritos diplomáticos;
  • Convocou de volta seu embaixador no Brasil, alegando “quebra de confiança”;
  • Tentou se juntar aos BRICS, mas foi barrado e lançou uma nota no Instagram contra o Brasil.

A natureza castigou no mundo todo

🌪️ Os Estados Unidos enfrentaram uma dobradinha de furacões praticamente no mesmo período esse ano.

Um dos piores em 50 anos. O furacão Helene, que atingiu o sudeste dos EUA no início de outubro, foi considerado um dos mais letais das últimas cinco décadas. Com ventos de mais de 200 km/h, deixou centenas de feridos e milhares de pessoas desabrigadas.

A Flórida no olho do furacão. Nem mesmo duas semanas após Helene, o estado recebeu mais uma visita: o furacão Milton. Com ele, agora o estado é o mais atingido por furacões em 2024.

Em números: O Helene foi responsável por mais de 150 mortes e causou prejuízos estimados em US$ 20B.


ECONOMIA

Um resumão BBB: Bets, BRICS e Brasil

Imagem: waffle studios

🐯 O ano do tigre, e não estamos falando do calendário chinês. Em outubro, o governo decidiu ir para cima das bets e cassinos irregulares. Seria o fim do tigrinho?

Isso porque a Anatel fez uma força-tarefa para banir quase 600 sites que operavam sem a autorização do governo, enquanto o Ministério da Fazenda analisava docs de 120 empresas que pediram autorização para funcionar de forma legal.

Com promessas de dinheiro rápido e facilidade de acesso, os sites de apostas e cassinos ficaram populares, principalmente entre jovens. Saiba que quase 24 milhões de brasileiros apostam todos os meses.

E o governo preparou o pacote anti-vício. Foi em outubro que Lula e sua equipe começaram com as medidas para combater de vez a nova compulsão dos brasileiros, que iam desde obrigar um aviso de risco aos usuários até proibir o uso do cartão Bolsa Família nessas plataformas.

Bolsa Família? Sim, seus beneficiários enviaram R$ 3 bi em um mês para as bets. Esse é um problema a mais para o governo, que também está preocupado com a quantidade de jovens desistindo das faculdades por causa das apostas e cassinos: cerca de 30%.

🎰 Ainda em outubro, a Operação Integration da PF, que investigava casas de apostas e bets, prendeu a influenciadora Deolane e emitiu um mandato de prisão para o cantor Gusttavo Lima.

E Lula tinha outras preocupações…

O presidente teve um compromisso na Rússia, onde participou — por videoconferência — da cúpula dos BRICS e tratou de assuntos bem importantes para o bloco.

Bye bye Dólar. Lula defendeu a ideia de uma nova moeda para que os países do BRICS façam transações entre si, tratando o assunto como “uma discussão que não pode ser adiada”.

Basicamente, a ideia é criar uma alternativa para que as negociações entre as nações do bloco não dependam do dólar — o argumento é que a moeda americana é usada em quase 90% de todas as transações entre países.

💵 Ainda na economia, Lula reforçou que os países emergentes devem focar em si, e não apenas ajudar as nações mais ricas. O presidente também bateu a tecla na taxação dos “super-ricos” e na redução de emissão de CO2.

E teve polêmica… o presidente brasileiro barrou a entrada da Venezuela nos BRICS, após a eleição controversa de Maduro, uma surpresa para quem acreditava na boa relação entre os países. Sabe quando o ex lembra que você tem acesso ao Netflix dele e troca a senha? Pois é…

O que mais foi destaque na economia do Brasil?


NEGÓCIOS

Nike de CEO novo e confusão com o cartão corporativo da Meta

Estagiário hoje, CEO amanhã?

Parece roteiro de filme, mas é a nova realidade da Nike. Em setembro desse ano, a gigante dos esportes anunciou Elliot Hill como seu novo CEO.

Você talvez não conheça, mas Elliot começou na empresa como estagiário de vendas em 1988 e se aposentou em 2020, depois de 3 anos por lá. Agora, ele assume o cargo mais alto da companhia.

🏀 A troca de cargo vem em um momento que a Nike enfrenta desafios para manter seu ritmo de crescimento. Para se ter uma ideia, esse ano, a empresa registrou um crescimento de só 1%, contra 9,65% que teve ano passado.

Enquanto isso, na Meta…

Ainda esse ano, em um episódio parecendo sair diretamente de “the office”, quase 20 funcionários foram demitidos por usarem de forma errada o “VR”.

  • O contexto: O benefício do vale alimentação que dava aproximadamente R$ 150 por pessoa diariamente, estava sendo usado para compras pessoais.

💳 Para você ter uma ideia, esses funcionários usavam o cartão para comprar coisas como detergente para roupas, taças de vinho e produtos para acne.

‼️ A polêmica veio à tona em meio a uma série de cortes que a empresa vem realizando — entre 2022 e 2023, a Meta já desligou cerca de 21 mil funcionários, e o tio Zuck chamou de “ano da eficiência”.

O que mais foi destaque em negócios:


VARIADAS

O caso mais viral do ano, and the Angels are back

(GIF: Tenor)

Sua #fyp não aguentava mais falar de P. Diddy. Isso porque, após a prisão do cantor e empresário em setembro, esse parecia ser o único assunto no TikTok.

Recapitulando: Diddy foi preso acusado de liderar uma organização criminosa que envolvia extorsão, tráfico humano, violência sexual, sequestro e suborno, mas as pessoas estavam mais interessadas nas teorias da conspiração sobre suas festas.

Acontece que depois da polícia encontrar mil garrafas de óleos de bebê na casa de Diddy, o público começou a imaginar o que acontecia em suas, como o governo americano descreveu, “maratonas sexuais”.

E também, quem estava envolvido… o problema é que a lista de participantes das festas era enorme, o que levantou uma grande dúvida na internet: quem era inocente e quem estava envolvido nas Freak Offs de Diddy?

E por falar em viralizar… 🪽

“Oi, sumidas, rs”. Depois de 6 anos, as Angels apareceram de novo nas suas redes e nas passarelas para mais um desfile da Victoria’s Secret Fashion Show.

O desfile acontece desde 1995 e já contou com shows de Justin Timberlake, Lady Gaga, Bruno Mars, Harry Styles e Taylor Swift.

  • Só que depois de uma onda de cancelamentos por suas modelos serem “exageradamente magras” e uma grande queda na audiência, a marca precisou se reposicionar e focar na diversidade.

Além dos velhos rostos conhecidos de Alessandra Ambrosio e Adriana Lima, a Victoria’s Secret levou para passarela modelos trans, plus size e diversos padrões estéticos. O problema é que ainda assim, a marca não convenceu a crítica…

As pessoas entenderam que a VS mais falou do que fez. Enquanto a proposta era ser um desfile mais inclusivo, a marca mostrou pouca diversidade e deu mais foco para suas maiores estrelas.

O que mais foi destaque em setembro e outubro?

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