Retrospectiva 2024: julho e agosto

RETROSPECTIVA

Retrospectiva 2024: julho e agosto

Redação
Redação
27 dezembro 2024Última atualização: 26 dezembro 2024
MUNDO

Política em chamas: atentados, reeleições e renúncias

(Imagem: waffle studios)

‘’Fight, fight, fight!’’. Foi com essas palavras que Donald Trump se levantou após sobreviver a um atentado durante um comício na Pensilvânia, no mês de julho.

O candidato levou um tiro de raspão na orelha direita quando um atirador, em cima de um galpão, abriu fogo contra a multidão, deixando uma vítima fatal e outras gravemente feridas. Ele foi morto pelo Serviço Secreto segundos depois.

O clima pesou: Dias após o atentado, a diretora do órgão de segurança renunciou ao cargo, assumindo a responsabilidade do que ela chamou de a ‘’maior falha operacional em décadas’’.

  • A pressão pela saída foi alta depois que ficou claro que agentes foram avisados sobre o atirador no telhado 20 minutos antes do ataque.

Enquanto Trump ‘’desviou’’ do tiro, Biden desviou da reeleição Exatamente 1 semana após o atentado, Joe Biden surpreendeu os americanos ao anunciar a desistência da corrida presidencial.

Após meses de críticas à sua capacidade — física e cognitiva — Biden decidiu abrir mão da tentativa de reeleição. O presidente declarou que a decisão era do ‘’melhor interesse do meu partido e do país’’.

Os holofotes se voltaram para a vice Kamala Harris, que assumiu a vaga em aberto, se tornando a grande aposta democrata.

Quem contou os votos?

Em uma eleição marcada por suspeitas, Nicolás Maduro garantiu o que queria: mais 6 anos no poder da Venezuela.

A oposição, liderada por Edmundo González, alegou ter vencido por uma grande margem, mas, com o sistema eleitoral nas mãos do governo, o resultado acabou caindo no colo de Maduro, declarado eleito com 51,2% dos votos.

Porém, a vitória foi amplamente contestada:

Nas ruas da Venezuela, o clima era de protesto e confusão, com opositores gritando por eleições ‘’de verdade’’.

O que mais foi destaque ao redor do mundo:


OLÍMPIADAS

A gente foi feliz e sabia…

(Imagem: Getty Images)

Já era histórico o fato inédito das mulheres serem maioria na delegação brasileira. Para além disso, elas ainda foram responsáveis por 60% dos triunfos brasileiros em Paris.

🥇 Destaque para os 3 ouros de Beatriz Souza (judô), Rebeca Andrade (ginástica) e a dupla Ana Patrícia e Duda (vôlei de praia).

Em termos gerais, se a expectativa era a quebra do recorde de medalhas, isso não aconteceu. Em 2024 ficamos com uma a menos do que a última edição, em Tóquio, mas superamos o desempenho geral em casa:

  • 🇫🇷 Paris 2024 (20ª colocação): 3 ouros, 7 pratas e 10 bronzes — 20 medalhas
  • 🇯🇵 Tóquio 2020 (12ª posição): 7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes — 21 medalhas
  • 🇧🇷 Rio 2016 (13ª posição): 7 ouros, 6 pratas e 6 bronzes — 19 medalhas

Outra “vitória” para os medalhistas durante as Olimpíadas foi a isenção do Imposto de Renda sobre as premiações. Só Rebeca Andrade, que conquistou 3 medalhas, deveria arcar com mais de 220 mil reais de imposto. Alívio para o bolso da nossa musa.

🚨 Alerta polêmicas

Uma luta de boxe com duração de 46 segundos e encerrada com desistência da italiana Angela Carini contra Imane Khelif foi a grande discussão da edição 2024 dos Jogos. Isso porque, as redes sociais foram tomadas por informações de que a lutadora argelina seria transsexual.

Em um teste de gênero antes das Olimpíadas, a Associação Internacional de Boxe apontou que Imane apresentava cromossomos masculinos (XY), mas o Comitê Olímpico Internacional permitiu a participação da atleta da Argélia em Paris.

🥇 Superando a polêmica, Khelif conseguiu conquistar a medalha de ouro na categoria até 66kg, se tornando também a primeira mulher do país africano a conquistar um título na modalidade.

🏊‍♂️ Nem rios de dinheiro limparam o Sena. O investimento de US$ 1,4 bilhão não solucionou a poluição do rio. Treinos e provas foram adiados — e alguns até cancelados — sem contar as reclamações de infecções gastrointestinais por atletas.

Consagrações, ameaça terrorista e despedida

Mas nem tudo foi polêmica…A edição ficou marcada por feitos históricos de atletas como:

  • 🇨🇺 Mijaín López, lutador de wrestling cubano, se tornou o primeiro a conquistar 5 ouros consecutivos na mesma categoria;
  • 🇸🇪 Armand Duplantis, saltador sueco, bateu o recorde mundial do salto com vara, superando a marca de 6,25m;
  • 🇷🇸 Novak Djokovic, tenista sérvio, que ao conquistar a medalha olímpica, completou sua coleção com os maiores títulos do tênis.

"Attenzione Pickpocket". O maior temor da organização era uma ameaça terrorista. No entanto, o que realmente não faltou foram relatos de furtos e roubos por toda a cidade.

Welcome to LA28. A Cerimônia de Encerramento foi marcada pela participação de Tom Cruise, no melhor estilo “Missão Impossível”, levando a bandeira olímpica do Stade de France até a cidade sede da próxima edição, Los Angeles. See you later…


BRASIL

RaXa na internet e racha na direita

(Imagem: waffle)

Segunda temporada do reality jurídico. Em agosto, a briga entre Alexandre de Moraes e Elon Musk chegou no auge.

Tudo começou com uma ordem judicial feita por Xandão, para Musk retirar do ar conteúdos ligados a perfis de direita no X (antigo Twitter). Além de não cumprir, o bilionário justificou a decisão em nome da liberdade de expressão.

Lá em abril... Moraes e Musk já tinham se estranhado, com o X virando terreno fértil para fake news e outros conteúdos polêmicos. Mas já te contamos isso duas edições atrás… 🔙

O ghosting de Musk teve consequências: primeiro, uma multa milionária, que o dono do X ignorou com a leveza de quem silencia notificações de grupo de WhatsApp. Depois, a cartada final com a suspensão da plataforma no Brasil.

Xandão no modo “sem perdão”. Como se não bastasse bloquear o X, o ministro também congelou os bens da Starlink, braço da SpaceX de Musk, e ainda aplicou uma multa de R$ 50 mil para qualquer pessoa que driblasse o bloqueio com VPN. Pesou a mão.

👩‍⚖️ Ainda falando em MoraesAgosto também trouxe o vazamento de mensagens que mostravam o ministro usando o TSE de forma irregular para investigar aliados de Bolsonaro, fora do procedimento legal e por meio de um grupo de zap. Relembre aqui.

Amizade que começa mal, termina pior

O mês também marcou a quebra entre Bolsonaro e seu ‘’amigo’’ Pablo Marçal. Após declarar apoio à reeleição de Ricardo Nunes para a prefeitura de SP, Bolsonaro foi contra a maré — a galera da direita enxergava em Marçal a opção ‘’anti-sistema’’ e um rival forte contra Boulos.

A relação estremeceu quando, em um post, Marçal se colocou como aliado de Bolsonaro, mas levou uma patadinha de leve do ex-presidente.

Não ficou quieto: Marçal logo reagiu, lembrando que tinha até dado 100 mil reais para ajudar Bolsonaro na campanha de 2022.

  • A situação esquentou ainda mais quando Eduardo Bolsonaro fez um vídeo alfinetando Marçal e deixando claro que a família estava com Nunes.

O país também ficou de luto:

Despedida do gênio: O Brasil perdeu um dos maiores nomes da televisão, Silvio Santos. O apresentador, empresário e fundador do SBT marcou gerações com seu carisma único, inovação no entretenimento e a construção de um império que revolucionou a mídia no país.

Nos ares: Em agosto, um avião comercial da VoePass, decolou de Cascavel/PR com destino a Guarulhos/SP, mas caiu em Vinhedo/SP, ocasionando a morte das 62 pessoas a bordo. Foi a maior tragédia da aviação no país desde 2007.


ECONOMIA

Brasília no vermelho, bolsa no azul

(Imagem: Agência Brasil)

Você se lembra do sonho do déficit zero? Em julho, depois de muito insistir no aumento da arrecadação com novos impostos e taxas (e até virar meme), Haddad e sua equipe econômica anunciaram o primeiro corte no orçamento: R$ 26 bilhões.

Naquele momento, a redução foi voltada para quem recebia benefícios sociais de forma irregular, como o Bolsa Família, para manter as contas sob controle.

Poucos dias depois, um novo corte e mais um congelamento. Dessa vez, R$ 15 bilhões, sem especificar de onde, colocava o saldo entre as despesas e receitas do governo exatamente no limite de 0,25% do PIB, o máximo tolerável.

Contas no vermelho: o rombo do saldo final da conta do governo — chamado de déficit primário — já era estimado em mais de R$ 28 bilhões.

o “cheque especial”, a chamada dívida pública, atingiu 77,8% do PIB, maior patamar desde 2021, totalizando R$ 8,7 trilhões.

🇧🇷 Viradas históricas positivas da Bolsa brasileira…

A Ibovespa, que havia fechado o pior primeiro semestre desde a pandemia, viu o cenário mudar da água para o vinho, ou melhor, do vermelho para o azul no segundo semestre.

Após 8 dias seguidos de fechamento em alta no início de julho, a Bolsa chegou a atingir o patamar negativo de 11% no acumulado do ano, no início de agosto. Até que vieram os recordes…

🎢 Foram cinco máximas históricas batidas no mês, atingindo o patamar de 137.343 pontos, consolidando agosto como o melhor período do ano.

As máximas históricas se deram principalmente pela continuidade do fluxo positivo na B3, a percepção de menor chance de recessão nos EUA e a alta da expectativa de que o Fed, o “Banco Central” dos EUA cortariam os juros em setembro — que ocorreu após mais de 4 anos.

…virada histórica negativa da Bolsa japonesa 🇯🇵

Quem também mexeu nas taxas de juros foi o BC japonês. Mas, essa não foi positiva, causando uma queda de -12,4% na bolsa do país, a maior variação negativa diária desde a Black Monday de 1987.

O aumento de juros, que historicamente é baixo, valorizou a moeda japonesa. Porém, como o país é mais exportador, a elevação impacta negativamente as empresas, porque seus lucros diminuem. Se os lucros caem, as ações também caem, e a Bolsa como um todo despenca.

Com os EUA vivendo um pequeno caos devido às incertezas das eleições — que já abordamos acima — e esperando o corte do Fed, o ocidente também sentiu os efeitos do “Black Monday 2024” e o S&P 500 caiu 3%, incluindo todas as BIG TECHs.


TECNOLOGIA

Não queremos te irritar…

Como você bem sabe, o nosso objetivo é te deixar mais inteligente em 5 minutos — e não de saco cheio — enquanto lê seu jornal favorito, tomando uma bela xícara de café… sem açúcar.

Mais uma vez, em julho e agosto, só deu ela… a AI. Para cumprirmos a nossa missão, sem enrolar, separamos 5 manchetes para você ficar bem e informado na retrospectiva desse assunto:


EXTRA

O casamento de milhões

(Imagem: Poder360)

O convite do estagi não chegou... O casamento do filho do homem mais rico da Ásia com a filha de um magnata farmacêutico deu o que falar nas redes.

  • A festa em um palácio de vidro custou mais de US$ 600 milhões — sim, você leu certo.

Na verdade, não foi apenas uma festa, mas quase um festival: Rihanna, Pitbull, Backstreet Boys, Justin Bieber e mais.

👶Talking about the Biebers: Em agosto quem chegou ao mundo foi Jack Blues Bieber, filho de Justin e Hailey Bieber. O mais legal é que o baby tem até sangue brasileiro, já que a avó de Hailey é de Minas Gerais. Que trem de doido, uai.

Redação

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