Bilhões de dólares travados todos os dias. Pela primeira vez desde 1977, os portos da Costa Leste e do Golfo dos EUA estão completamente parados graças a uma greve geral de estivadores.

Ao menos 50 mil funcionários de 30 portos — incluindo 5 dos 10 mais movimentados da América do Norte — estão sem operação depois que nenhum acordo foi firmado sobre um aumento salarial de pelo menos 50%.

A relevância: Essas instalações movimentam quase 70% das exportações envolvendo contêineres e mais de 55% das importações do mesmo tipo dos EUA, e as perdas com a greve podem chegar a US$ 5 bilhões por dia.

• Isso significa que, com o passar do tempo, os americanos podem lidar com a falta de alguns itens que fazem parte da rotina. Alimentos, bebidas, remédios, bananas e até carros podem sumir das lojas.

Dependendo do quanto a paralisação durar, existe a chance de alguns produtos chegarem atrasados para as principais temporadas de compras no país — como a Black Friday e o próprio Natal.

Buscando alternativas: O governo pensa em desviar as cargas para o Canadá ou fazer o transporte por ferrovias, mas nenhuma das duas ideias ajudariam o suficiente, e a Casa Branca não descarta intervir nas negociações.

Grandes empresas como Walmart, Home Depot e Ikea estão entre as mais afetadas, pois dependem desses portos para abastecer suas lojas com produtos importados.

Zoom out: Quase 69% de todos os produtos comercializados pelos EUA são transportados pela água. Por lá, os portos empregam mais de 31 milhões de americanos e movimentam mais de US$ 5 trilhões/ano.