Em busca de diversificar suas economias, países do Oriente Médio aumentaram em 5x seu investimento em startups focadas em inteligência artificial no ano passado. Entre os movimentos mais recentes estão:

• O fundo MGX, dos Emirados Árabes, fechou uma parceria com a BlackRock e a Microsoft visando arrecadar até US$ 100 bilhões para data centers e outros aportes em infraestrutura;
• Já o fundo soberano da Arábia Saudita está em negociações para criar uma parceria de US$ 40 bi com a venture capital americana Andreessen Horowitz.

A relevância. Para os EUA, ter fundos soberanos — com riqueza financeira superior a US$ 2,7 trilhões — investindo em empresas americanas, e não em adversárias globais como a China, tem sido uma prioridade geopolítica.

No entanto, a enxurrada de dinheiro deixou alguns investidores do Vale do Silício preocupados, pois pode inflar muito o valor de mercado das startups, tal qual aconteceu há alguns anos após os inúmeros investimentos do fundo japonês Softbank.

Enquanto uns investimentos saem, outros entram…

A TMSC e a Samsung, duas gigantes de chips, estão avaliando a possibilidade de construir megafábricas nos Emirados Árabes — os projetos em potencial podem valer US$ 100 bilhões.

O principal objetivo seria aumentar a produção global de chips e ajudar a reduzir os preços dos mesmos sem prejudicar a lucratividade das fabricantes.

Caso siga adiante, o movimento não só transformaria a indústria nos próximos anos como tornaria o país um dos pilares de AI no Oriente Médio.