Supermercados sempre disputaram espaço na prateleira. Mas a próxima batalha não é pelo café ou pelo sabão em pó, vai ser pelos remédios.

Uma proposta no Senado abre caminho para que grandes redes passem a operar farmácias dentro das lojas. E, pra entender o tamanho da disputa, vale olhar o peso do setor farmacêutico hoje.

O mercado brasileiro de farmácias movimentou mais de R$ 160 bilhões em 2024. Só a Raia Drogasil faturou R$ 37 bilhões em 2023.

Nos EUA, a cena já é conhecida. Walmart e Kroger dividem espaço com gigantes como CVS e Walgreens em um mercado farmacêutico que ultrapassa os US$ 530 bilhões anuais.

Se os supermercados brasileiros ficarem com apenas 5% desse bolo, seriam cerca de R$ 8 bilhões por ano em novas receitas.

Para o consumidor, a promessa é mais acesso e preços menores. Para as farmácias independentes, o risco é perder espaço para gigantes com escala e poder de barganha.

Bottom-line: Para entrar nesse jogo, redes terão de montar espaços exclusivos, contratar farmacêuticos em tempo integral e seguir regras rígidas de vigilância sanitária.