Enquanto YouTube, Netflix e Amazon brigam por direitos esportivos, a Disney fechou um acordo histórico para manter a ESPN como protagonista.

A NFL, liga de futebol americano, vai assumir 10% de participação na ESPN, em troca dos canais NFL Network, RedZone e ativos do NFL Fantasy Football. Estima-se que essa fatia valha cerca de US$ 2,4 bilhões.

• Fazendo um breve comparativo, seria como a CBF adquirir uma porcentagem de participação da CazéTV ou do Grupo Globo — emissoras que detêm os direitos de transmissão do Brasileirão.

Além disso, a ESPN ganhou o direito de transmitir mais 3 jogos exclusivos da temporada regular e vai assumir a distribuição do RedZone na TV paga, canal que exibe os melhores momentos de todos os jogos que estão rolando ao vivo.

“Tá, mas por que isso importa?”

O acordo oferece vantagem estratégica à ESPN perante os concorrentes nas negociações futuras de direitos da liga, que movimenta US$ 111 bilhões em contratos até 2033, mas que podem ser reabertos já em 2029.

Com o avanço do streaming e a queda da TV a cabo — a ESPN caiu de 100M para 61M de lares em 10 anos —, a Disney vê na parceria uma forma de manter relevância e acesso premium ao esporte mais popular dos EUA.

Zoom out: Talvez este deal seja o início de uma nova fase, na qual ligas esportivas passem a se tornar sócias das suas próprias distribuidoras.