Muito mais do que o nome que fica por baixo. Enquanto Trump já escolheu o seu vice-presidente, Kamala Harris está passando os dias fazendo entrevistas com possíveis companheiros de chapa.

Depois de ter sido confirmada como a candidatada do partido, a expectativa é que a democrata anuncie sua escolha sobre o vice ao mundo hoje à tarde. São 3 “finalistas” na disputa:

• Josh Shapiro, governador da Pensilvânia
• Tim Walz, governador de Minnesota;
• Mark Kelly, senador do Arizona.

Pegou a estratégia? Todos eles são homens, mais velhos que ela, exercem cargos políticos, são brancos e, o mais importante, foram eleitos pela população de um swing state.

Enquanto é criticada por falta de experiência e por progressismo excessivo — focando muito na questão da diversidade —, Kamala quer um vice mais experiente e conservador blindado a essas críticas. É o tal do political balance.

Esse aceno ao outro lado tem um objetivo muito claro: conquistar o voto do eleitor de centro que está indeciso. Foi exatamente o que vimos por aqui com Lula e Alckmin, que num passado não tão distante eram grandes inimigos.

O outro lado da disputa: Trump não foi nessa linha. Embora seja bem mais novo, o seu vice, JD Vance, é um republicano de posições conservadoras fortes e bem alinhadas às do candidato a presidente. Por aqui, também vimos isso com Bolsonaro e Mourão.

By the polls: Desde que assumiu a campanha, Kamala conseguiu se descolar dos números ruins de Biden. Mesmo com uma vantagem de 1% (47% a 46%) contra Trump, é o republicano que ainda tem vantagem nos estados decisivos.