Conseguiu virar o jogo. Pela primeira vez desde o início da guerra da Ucrânia, a Rússia voltou a ser a principal fornecedora de gás para a Europa.

• Com o conflito no Leste Europeu, os EUA tinham ficado com essa posição, tanto pelo corte de fornecimento dos russos quanto pelo “boicote” de países da União Europeia.

Por que isso importa? O fato mostra como a Europa ainda depende muito do gás russo, mesmo tentando evitar a importação de produtos da Rússia.

Os europeus importam cerca de 40% do seu gás natural dos russos, com países chegando a obter 80% da fonte de energia da terra de Putin.

Desde que a invasão começou, o Velho Continente tinha medo de que esse fornecimento acabasse e afetasse todo o setor energético europeu.

• O resultado: No mês passado, o gás russo representou 15% do fornecimento total à UE, enquanto os EUA contribuíram com 14%.

Vendo esse avanço, a UE aprovou novas sanções contra o gás russo. No entanto, a medida não deve ter muito impacto porque proíbe apenas a reexportação do produto por países europeus.

Looking forward: Essa configuração com a Rússia no topo pode não durar muito tempo, já que um dos motivos para a mudança no ranking foi uma interrupção temporária numa estação de gás americana.

Putin, por sua vez, busca alguma forma de retaliar os bilhões de dólares em apoio militar e político que Europa e EUA tem fornecido à Ucrânia. Uma das opções tem sido ampliar os investimentos em reatores nucleares.