Um final de semana conturbado na terra do chá. Mais de 100 pessoas foram presas e vários confrontos com a polícia tomaram conta das ruas inglesas nos últimos dias graças a protestos que envolvem a questão da imigração.

• O que aconteceu? Tudo começou na semana passada, quando um ataque a facas matou três crianças numa escola de dança e chocou o país. O autor do crime tem 17 anos, é filho de ruandenses e está preso.

Desde então, protestos contra a imigração tomaram diversas cidades, muitas vezes acabando em violência, carros incendiados e prisões. Um hotel que abrigava refugiados chegou a ser invadido.

Ao mesmo tempo, imigrantes, manifestantes pró-Palestina e grupos de esquerda estão fazendo “contra-protestos” circulando pelas ruas — incluindo adeptos armados com martelos e machados.

• ➡️ De um lado, manifestantes cobram uma política do governo que controle os níveis recordes de entrada de imigrantes no país;
• ⬅️ Do outro, críticos dizem que os protestos são xenofóbicos, islamofóbicos e que foram alimentados por teorias da conspiração.

Novos protestos, problema antigo 🇬🇧

Desde a pandemia, o Reino Unido passa por um aumento descontrolado no número de imigrantes. Com média diária de mais de 800 estrangeiros, este ano está batendo o recorde de chegadas.

O premiê Keir Starmer, do Partido Trabalhista — mais alinhado à esquerda —, acabou com as políticas do governo anterior de enviar imigrantes ilegais à força para Ruanda e dificultar o processo de visto.

By the numbers: No ano passado, 1,2M pessoas migraram para o Reino Unido, e ~10% da população total tem outra nacionalidade. A questão é uma das mais importantes para os britânicos, e 52% acreditam que o número de imigrantes deve ser reduzido.