Será que os holofotes viram voto? Foi pensando nessa pergunta que um renomado instituto de pesquisas americano analisou o quanto o apoio público de celebridades impactou a eleição dos EUA.

• Na intenção de fazer os eleitores saírem de casa e votarem, as declarações de apoio correram soltas por lá — indo desde os atores de Vingadores e Taylor Swift com Kamala até Dana White e Jake Paul com Trump.

🤔 Tá, mas adiantou? A pesquisa descobriu que os endorsements mexeram, sim, com o humor dos americanos, mas não exatamente como se esperava. Na verdade, o impacto teve mais a ver com a rejeição.

O fato de Beyoncé ter subido no palanque de Kamala, por exemplo, fez com que uma parcela considerável de jovens brancos, eleitores independentes e moradores de áreas rurais passassem a nem considerar votar na democrata.

Para o outro lado da campanha o resultado foi na mesma linha. Quando o psicólogo e apresentador Dr. Phil apareceu num comício de Trump, os indecisos diminuíram os sentimentos favoráveis ao republicano.

O tal do efeito reverso: Embora o apoio de celebridades ganhe destaque na mídia e repercuta nas redes sociais, a visão que fica entre os eleitores é a de que os famosos estão distantes da realidade da maioria da população.

Isso dificulta o convencimento, já que a presença no palanque acaba sendo mais irritante do que inspiradora. Segundo a pesquisa, o máximo que pode acontecer é um eleitor já decidido reforçar sua posição. É o famoso pregar para convertido.