Bloquons Tout. Esse é o nome do movimento que levou milhares de franceses às ruas nesta semana. O objetivo é um: paralisar o país.

O “Bloqueie Tudo” nasceu online em maio, inicialmente ligado à direita, mas logo ganhou adesão da esquerda e dos sindicatos, virando canal para diferentes frustrações:

• Cortes de gastos públicos, inflação e a sensação de que o sistema político não dá mais conta da crise.

O momento é crítico. Na segunda, o premiê François Bayrou, perdeu um voto de confiança e foi substituído por Sébastien Lecornu, o 5° primeiro-ministro do 2° mandato de Macron.

Por que tantas substituições? Na França, o presidente escolhe o premiê, mas ele só se sustenta se tiver apoio no Parlamento.

Como Macron não tem maioria desde 2022, o chefe de governo vira alvo fácil: perde votações, sofre pressões de sindicatos e oposição — e cai.

No caso de Bayrou, o estopim foi a proposta de cortes no orçamento de 2026, que incluía até a eliminação de dois feriados nacionais.

Zoom out: O governo mobilizou 80 mil policiais para conter a multidão. Houve gás lacrimogêneo, mais de 250 prisões e cenas que lembraram o movimento dos Coletes Amarelos em 2018.

Ainda em mundo…

O ativista conservador Charlie Kirk, fundador do grupo Turning Point USA e aliado de Donald Trump, foi morto após ser baleado durante um evento na Utah Valley University.

Um suspeito foi detido. Um vídeo que circula nas redes mostra um homem grisalho sendo algemado perto do local, mas a identidade não foi confirmada.

• A universidade disse que o tiro veio de um prédio próximo e que o FBI acompanha as investigações.