A Itália quer proibir o uso de burca e niqab em locais públicos e cobrar multas de até €3 mil de quem descumprir.

O projeto foi apresentado pelo partido da primeira-ministra Giorgia Meloni, que diz querer combater o “separatismo islâmico” e a “radicalização religiosa”.

Mas o texto vai além. Ele endurece penas para casamentos forçados e impõe regras de transparência no financiamento de mesquitas e instituições religiosas que não tenham acordo formal com o Estado — o que inclui todas as organizações muçulmanas italianas.

A proposta afeta diretamente uma comunidade de 2,7 milhões de muçulmanos — cerca de 4,9% da população total da Itália (59,1 milhões).

Em um país que abriga o Vaticano e onde três em cada quatro italianos se declaram católicos, a medida reacende o debate sobre identidade e poder.

Para críticos, a lei é menos sobre segurança e mais sobre reafirmar a cultura cristã. Já o governo defende que se trata de proteger os “valores ocidentais” e garantir integração social.

Zoom out: Na Europa como um todo, a comunidade de muçulmanos é gigantesca, aproximadamente 44 milhões de pessoas, [representando 6% da população](https://www.worldometers.info/world-population/italy-population/?).