O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que pretende ocupar toda a Faixa de Gaza em uma ofensiva final para eliminar o Hamas e encerrar a guerra de quase dois anos no território.

O premiê disse que o objetivo seria “libertar a nós mesmos e ao povo de Gaza do terror do Hamas”, mas sem que os israelenses mantenham o controle permanente sobre a região.

• A fala ocorre em meio ao colapso das negociações por um cessar-fogo e à crescente pressão internacional por soluções para a crise humanitária no enclave.
• Netanyahu já declarou que o conflito termina “amanhã” desde que o Hamas depunha as armas e liberte os reféns. Até lá, a guerra continua.

Não há detalhes sobre a operação militar, mas existem indicou que Gaza seria entregue a “forças árabes” após a derrota do Hamas.

A proposta, no entanto, reacende o debate sobre os riscos de uma nova ocupação. Israel não mantém tropas no território há duas décadas, embora controle fronteiras, espaço aéreo e recursos essenciais.

A possibilidade de reocupação é criticada pela oposição e por famílias de reféns israelenses, que temem que uma ofensiva ampla coloque vidas em risco. Ainda há 50 reféns mantidos em Gaza — 20 deles vivos, segundo autoridades.

De acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, a ofensiva israelense na região já matou mais de 61 mil palestinos — enquanto a população local, de cerca de 2 milhões, vive sob ameaça constante de fome e deslocamento.