O governo de Joe Biden está tentando convencer Nicolás Maduro a deixar o poder na Venezuela em troca de uma anistia — um perdão por todos os crimes que cometeu.

As negociações: A Casa Branca mobilizou uma série de diplomatas para conversarem de forma secreta com os assessores do ditador venezuelano. A ideia é que Edmundo González assuma a presidência.

Em troca, caso a transição aconteça de forma pacífica, os EUA garantem que nem Maduro e nem seus principais aliados vão correr o risco de ser presos ou extraditados para outro país.

🥃 Uma dose de contexto: Maduro e outros membros do governo são acusados de narcoterrorismo pela justiça americana por liderarem uma organização de tráfico de drogas. Existe uma recompensa de US$ 15 milhões pelo ditador.

A proposta é a principal esperança da oposição. Como Maduro tomou o controle do Exército, do Congresso e da Suprema Corte, a comunidade internacional é um dos únicos caminhos para restabelecer a democracia na Venezuela.

Será que ele aceita? As probabilidades de um acordo são pequenas. Maduro colocou militares na rua para fazer prisões e quer bloquear as redes sociais do país — acusando o X e o WhatsApp de concentrarem conversas sobre “tentativa de golpe”.

Do outro lado, as atas eleitorais divulgadas pela oposição mostram que Edmundo González venceu a eleição com 4 milhões de votos a mais do que o atual líder do país.

Looking forward: As conversas da Casa Branca vão continuar enquanto Biden ainda é presidente. Ao mesmo tempo, os presidentes do Brasil, Colômbia e México — que são de esquerda e mais simpáticos a Maduro — querem marcar uma reunião com ele.