“Unir a América.” Foi com essa frase que Robert F. Kennedy Jr. confirmou a desistência da disputa pela presidência dos EUA e pediu para ser retirado das cédulas como “candidato independente”.

Depois de dizer não acreditar que tinha “um caminho realista para a vitória”, Kennedy decidiu apoiar formalmente Donald Trump na disputa. Os dois participaram juntos de um comício no Arizona.

Why it matters? Como você deve ter reparado, Bobby — como é conhecido — tem um dos sobrenomes de maior importância em toda a história da política americana e do mundo.

• Seu tio (John Kennedy) foi presidente e assassinado enquanto estava no cargo, e seu pai (Robert Kennedy) tinha tudo para chegar ao mesmo posto se as balas não tivessem interrompido seu caminho em 1968.

Os Kennedy's são a dinastia mais icônica dos democratas e influente até hoje dentro do partido. Ao apoiar um republicano, o peso do sobrenome muda de lado e se associa a Trump.

O impacto na corrida: Bobby tinha 15% das intenções de voto nas pesquisas do mês passado e, embora não tivesse chances reais de ser eleito presidente, o seu apoio pode mexer com os eleitores indecisos.

E é justamente para eles que as campanhas estão olhando. Para se ter ideia, 43 mil votos poderiam ter dado a vitória a Trump em 2020. Fazendo um paralelo, é como se Tebet tivesse desistido para apoiar Lula ou Bolsonaro.

Bottom-line: Se eleito, Donald Trump disse que vai criar uma comissão sobre tentativas de assassinato e colocar Bobby nela. No fim, documentos secretos sobre os atentados contra seus familiares podem ser revelados depois de anos.