Au Revouir, premiê. Menos de 1 mês depois de ser nomeado primeiro-ministro, Sébastien Lecornu pediu demissão do cargo, confirmando a 5ª saída desde o início do segundo mandato de Macron.

A missão de Lecornu era estancar a crise política que vem corroendo o governo francês. Mas a tentativa durou pouco.

O ex-ministro culpou a “intransigência dos partidos”, dizendo que cada legenda queria impor o próprio programa — e que o país ficou em segundo plano.

A renúncia veio logo após Macron anunciar uma nova composição de gabinete. O timing foi simbólico, já que Lecornu saiu antes mesmo de o novo governo começar a trabalhar.

Além disso, a França vive um impasse institucional. O país acumula cerca de € 3,3 trilhões em dívidas, o equivalente a 114 % do PIB, uma das cifras mais altas da União Europeia.

No centro de tudo está um presidente cada vez mais isolado — com três caminhos à frente: nomear outro premiê, dissolver o Parlamento ou, em último caso, renunciar.

🌏 Sai um, entra outro

Do outro lado do mundo, o Japão segue o movimento contrário: Ganha uma nova liderança.

A conservadora Sanae Takaichi foi eleita líder do Partido Liberal Democrata e deve se tornar a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do país.

A vitória acontece após a renúncia de Shigeru Ishiba, que deixou o posto em meio a derrotas eleitorais e à perda da maioria no Parlamento.

Takaichi assume o comando de um partido em crise, pressionado por inflação alta, economia lenta e queda de popularidade.