A Europa começou o ano com o pé esquerdo. No primeiro dia de 2025, Rússia e Ucrânia anunciaram a suspensão de uma importante rota de gás e energia para o continente.

Uma dose de contexto: Há quase 50 anos, a Europa depende do gás natural que é fornecido pela Rússia — que é historicamente um dos maiores produtores do mundo. Acontece que, para chegar nos países europeus, essa rota passava pela Ucrânia através de gasodutos.

A Ucrânia tinha um contrato com a Rússia que permitia o transporte desse gás pela rota, que durou 5 anos. Esse contrato valia até 2024, e com a guerra acontecendo entre os dois países, veio a decisão das duas partes de não renovar.

Por que isso importa? A rota representa 5% de todas as necessidades da Europa, e com a paralisação, os países que dependem do fluxo são forçados a comprar esse gás (mais caro) em outro lugar.

• Para você ter uma ideia, o preço do gás atingiu a máxima de 2024 na véspera da interrupção, fora a alta de 50% que teve no ano passado.

Como resposta à guerra, os russos já vinham construindo gasodutos alternativos para contornar a Ucrânia — como o Nord Stream, que passa pelo Mar Báltico. Essa medida fez a importação do gás natural pelos gasodutos cair de 40% para 8% em 2 anos.