A TV por assinatura no Brasil vive uma das maiores crises de sua história. Em junho deste ano, o setor registrou 7,1 milhões de assinantes, uma queda de quase 23% em relação ao mesmo período do ano passado, quando tinha 9,2 milhões.

Mas o detalhe mais importante está aqui. Com a perda de clientes, o faturamento recuou R$ 600 milhões em 12 meses, passando de R$ 3,3 bilhões para R$ 2,7 bilhões.

A debandada não acontece por acaso. Canais tradicionais estão desaparecendo:

• A Disney encerrou marcas como Disney Channel e National Geographic, mantendo apenas a ESPN;
• Já a Paramount unificou sua operação na América Latina, deixando a Nickelodeon com vinhetas até em espanhol, ação que remete aos anos 1990.

Até o grande diferencial das TVs pagas — leia-se aqui eventos esportivos — também está migrando para outros formatos.

O YouTube virou destino de peso com transmissões da CazéTV, enquanto Amazon e Disney têm preferido colocar jogos importantes exclusivamente em seus streamings.

A Globo também está seguindo a mesma tendência, tentando equilibrar “os dois mundos”.

• Mantém o SporTV forte entre as operadoras, mas já prepara a estreia da GE TV no YouTube para o próximo mês, em movimento claro para disputar audiência e receita com a CazéTV.

Entre mensalidades mais caras e opções digitais gratuitas ou mais acessíveis, a balança tem pesado contra a TV paga, que deixou de ser protagonista e agora luta para não perder o papel de coadjuvante.