Algo que se popularizou nos últimos anos foram as lives. É quase certo que boa parte da população tenha feito e/ou participado de alguma transmissão ao vivo, especialmente entre 2020 e 2021… Lembra daquele auge da quarentena?

Fast-forward para 2023, e um movimento que vem tentando se destacar no Ocidente é o live commerce, o ato de vender produtos online — especialmente via social media — por meio de transmissões ao vivo imersivas feitas majoritariamente por influenciadores.

Tá, mas só no Ocidente? Acontece que isso já é um fenômeno que movimenta bilhões no continente asiático, especialmente na China. Abaixo alguns números:

• Cerca de US$ 174 bilhões em vendas no primeiro semestre de 2023 entre as principais plataformas.
• Aproximadamente 110 milhões de livestreams realizadas por mais de 2 milhões influenciadores apenas no mês de julho do ano passado.

Projeta-se que as vendas totais através do live commerce aumentarão de US$ 562,62 bilhões em 2023 para US$ 843,93 bilhões em 2025. A força desse movimento, inclusive, alimenta o uso de novas tecnologias, como avatares e IA.

🇧🇷 E no nosso Brasilzão? Em 2021, uma pesquisa mostrou que 1 em 10 brasileiros havia participado de uma sessão de livestream shopping e 90% disseram que tinham a intenção de “entrar” em uma no futuro…

Existem pesquisas que já colocam o Brasil como segundo principal país nesse segmento.

• Um dos casos mais expressivos de 2023 é certamente o da WePink, marca da influenciadora Virgínia Fonseca. Foram R$ 59 milhões arrecadados no acumulado de 3 lives feitas.
• Outro case de sucesso foi a Cimed, que vendeu R$ 40 milhões em 20 minutos. Falamos mais sobre isso aqui.

Indo além do live commerce… Assim como comentamos acima, creators também experimentaram sucesso no comércio digital através da venda de produto/serviços.

Esse bom desempenho contribuiu para que a Hotmart, por exemplo, alcançasse um marco importante: desde sua fundação em 2011, a empresa ultrapassou a marca dos R$ 30 bilhões no valor total de vendas.

Looking forward: Estima-se que o comércio online no Brasil movimente R$ 273 bilhões até 2026, um aumento de 47% em relação a 2022. Pode ter certeza que boa parte disso será atribuído aos criadores de conteúdo.