Para quem não sabe, o estagiário faz faculdade de Medicina. Quando é finalizado o ciclo básico, quase todo mundo quer a mesma coisa: Vivenciar a Medicina na prática.

• E que melhor vivência prática do que acompanhar um plantão de trauma… Em uma terça-feira de carnaval? risos.

Logo que chegou ao hospital e foi apresentado à equipe, entrou um policial militar na sala de trauma com um paciente na maca gritando: “Eu vou matar todo mundo!! Vocês vão todos morrer!!”

Então, o PM fala para a enfermeira: “É um paciente psiquiátrico grave, que tomou uma facada depois de arranjar briga em um bloco.”

Ao olhar pra boca do paciente, o estagiário e um amigo que foi com ele notaram que seu lábio estava (literalmente) dividido ao meio.

Mas a situação só piorou

Em seguida, o paciente começou a xingar a enfermeira, dizendo que exigia sair dali. A enfermeira educadamente disse: “Sr. N*****, me desculpe, mas o senhor está muito ferido.”

Então, em centésimos de segundo, o paciente partiu para a agressão. Nesse momento, o estagiário e seu amigo tiveram que segurá-lo pelos braços, para evitar uma verdadeira tragédia.

Após muita conversa e muitos “ninguém aqui quer te prejudicar, estamos aqui para te ajudar”, o Sr. N***** finalmente se acalmou.

Passados 10 minutos, a cirurgiã residente aparece na sala de trauma e pergunta o que houve com o senhor?

O Sr N***** responde: Não se mete onde você não foi chamada. Estou conversando com os meus dois doutores — detalhe: ela era a única pessoa com um CRM na situação. risos.

Como acabou?

Após muitas discussões e convencimento, o paciente finalmente aceitou ajuda médica e o cirurgião bucomaxilofacial suturou seu lábio.

Por fim, uma pessoa chegou com um pedaço de vidro de 8cm fincado no próprio crânio… Mas isso daí é história pra outro dia, ou melhor, outra edição.

Moral da história? Se você pretende trabalhar na área da saúde, prepare-se para ver esse tipo de situação. Apesar de ser um absurdo, é mais comum do que as pessoas imaginam.

PS: Se você também tem uma história interessante, conta para gente! Quem sabe ela não sai na próxima edição? Basta mandar um e-mail para healthtimes@waffle.com.br.