As tarifas de 50% impostas pelos EUA às exportações brasileiras começaram a mostrar seus primeiros efeitos — e o setor de madeira processada é um dos mais atingidos.

Responsável por enviar US$ 1,6 bilhão em produtos aos EUA no ano passado, a indústria depende fortemente do mercado norte-americano, que consome cerca de metade de toda a produção nacional.

O problema é que os contratos são altamente personalizados, sem alternativa imediata de redirecionamento. Para se ter uma ideia, a Millpar, segunda maior empresa do setor no Brasil, já colocou 65% de seus trabalhadores em férias coletivas por tempo indeterminado.

Segundo a associação do setor, 180 mil empregos diretos estão em xeque, principalmente nos estados da região sul do país.

Mesmo sem completar um mês desde que entrou em vigor, o tarifaço já demonstra ameaçar não somente empresas, mas empregos e a sobrevivência de cadeias produtivas inteiras no Brasil.