O carteiro não trouxe boas notícias. A estatal fechou o 1º semestre com um rombo de R$ 4,3 bilhões — três vezes mais que no ano passado.

De um lado, despesas com pessoal e dívidas judiciais dispararam. Do outro, as receitas encolheram, O baque veio nas encomendas internacionais, que caíram 62% depois da “taxa das blusinhas”.

• Em 2024, Shopee e Shein garantiram R$ 2,1 bi no caixa dos Correios. Em 2025, só R$ 815 milhões.

Além disso, a concorrência privada avança rápido. Os Correios detêm apenas cerca de 35% do mercado de encomendas, e operam num setor altamente fragmentado.

Pra tentar virar o jogo, os Correios lançaram um plano de recuperação. Cortar custos, criar novos serviços e até abrir um PDV (plano de demissão voluntária) que promete economizar R$ 1,5 bi.

A ideia é modernizar a operação, mas sem abrir mão de um trunfo: A rede nacional que chega até cidades onde transportadoras privadas e aplicativos de entrega não atuam.

Zoom out: Desde o início da atual gestão, entre janeiro de 2023 e julho de 2025, os Correios já acumulam R$ 7,5 bilhões de prejuízo — o pior período da história da estatal.