O prejuízo dos Correios disparou em 2024. A estatal fechou o ano com um rombo de R$ 2,6 bilhões — mais do que o quádruplo do resultado de 2023 (R$ 597 milhões). Esse é o primeiro prejuízo bilionário desde 2016.

O que aconteceu? A receita caiu (de R$ 21,6 bi para R$ 21,4 bi), as despesas subiram (de R$ 22,3 bi para R$ 24 bi) e 85% das unidades seguem operando no vermelho. Ou seja: entrou menos dinheiro, saiu mais, e a conta não fechou.

Um dos vilões apontados pela empresa foi a “taxa das blusinhas” que, desde o ano passado, tributa compras internacionais acima de US$ 50. A medida derrubou em 11% as encomendas vindas de fora, o que afetou a receita com serviços.

No meio disso tudo, os Correios também aumentaram os gastos administrativos, que chegaram ao maior valor da história: R$ 4,7 bilhões.

Entre os desembolsos, estão R$ 38,4 milhões em patrocínios no atual governo, incluindo R$ 6 mi para o Lollapalooza e R$ 4 mi para a turnê de Gilberto Gil.

Mesmo assim, a estatal diz manter o compromisso com todos os 5.567 municípios do país, com tarifas “justas” e cobertura nacional.