Nos últimos dias, o mercado tem ficado com receio da possível interferência e pressão do governo na Vale e na Petrobras — as duas empresas mais valiosas do país.

Vale 🪨

Na terça, um dos conselheiros da Vale renunciou ao cargo dizendo que a escolha do novo CEO da companhia sofre “influência política” e “evidentes conflitos de interesse”. Veja a carta aqui.

⏸ Uma pausa para o contexto: Mesmo privatizada, o governo ainda tem participação na empresa por meio de 2 votos no conselho e articulações com outros acionistas.

Desde o começo do ano, Lula faz pressão para colocar Guido Mantega — ex-ministro da Fazenda nos governos do PT — na presidência da Vale.

Como reação ao “Petrolão”, a Lei das Estatais foi aprovada em 2016 e proíbe que políticos sejam nomeados para presidências e diretorias de empresas públicas — algo que o governo quer flexibilizar.

Enquanto isso, na Petrobras… ⛽️

Dança das cadeiras. Depois que a Petrobras decidiu não distribuir dividendos extraordinários, o governo anunciou um rodízio nos conselhos das principais estatais do país.

• Na Petrobras, por exemplo, Haddad indicou um de seus secretários para o board.

Polêmica implantada com sucesso: A oposição acredita que essa é uma clara demonstração de interferência, enquanto o governo diz que tem direito de fazer isso — com base nos estatutos.