Já virou rotina? Nos últimos 12 meses até agosto, o Brasil registrou um déficit nominal de R$ 1,11 trilhão quando analisamos os orçamentos de todo o setor público — União, estados, municípios e as estatais.

• Esse é o quinto mês seguido que o rombo fica na casa do trilhão, mostrando que, durante todo esse período, o nosso país tem gastado muito mais do que recebe em impostos e outras fontes de receita.

Traduzindo: No economês, diferente do chamado “déficit primário”, o “déficit nominal” é a diferença entre todas as despesas do governo e suas receitas totais incluindo os juros da dívida.

Ou seja, nessa conta também entra aquilo que o nosso país está devendo por causa dos juros dos empréstimos que fez para pegar dinheiro e tentar manter as contas públicas equilibradas.

👇 E é aí que mora o problema: Mais de R$ 850 bilhões do rombo nominal do Brasil — quase 77% do total — vem justamente dos juros das dívidas. Isso no momento em que o nosso país tem a 2ª maior taxa de juro real do mundo.

Já a dívida bruta brasileira, ou seja, tudo que o governo deve, chegou a 78,6% do PIB, representando R$ 8,9 trilhões. Quando Lula subiu a rampa do Planalto em janeiro de 2023, essa relação de endividamento estava em 72%.

Futuro nada animador… Nas projeções do próprio governo, a dívida pública vai continuar subindo até 2027, quando deve atingir o pico de quase 80% do PIB.

Um exemplo desse aumento nos gastos é a revisão da meta fiscal. O superávit, que foi prometido para o ano que vem, deve ficar para 2026.