Seguindo a promessa de campanha, o governo vai entregar hoje na Câmara o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil.

A expectativa é que isso vai custar cerca de R$ 27 bilhões aos cofres públicos em 2026, somando os valores de IRs que deixarão de ser pagos.

O impacto estimado era de R$ 32 bi, mas foi revisto por conta do aumento já previsto para este ano — isenção indo de 2.824 para 3.036. Na prática, o impacto de ambas juntas será o valor inicial.

A mudança não vai alterar a lógica dos descontos no IR, tanto as deduções legais quanto o formato simplificado. Entenda melhor aqui se quiser.

O outro lado da moeda

Como já falamos aqui, para compensar a menor arrecadação, o governo planeja uma maior taxação para os mais ricos, aplicando alíquotas progressivas sobre rendimentos elevados.

• Renda acima de R$ 50 mil/mês: Aumento na alíquota do IR.
• Renda acima de R$ 84 mil/mês: A carga tributária poderá chegar a 10%.

A proposta — que agora precisa ser aprovada pelo Congresso — é uma das prioridades do governo para 2025 e um movimento para fortalecer a popularidade de Lula junto à classe média.

O que mais foi destaque em economia?

• R$ 104 bi. BC indica que as contas públicas tiveram superávit recorde em janeiro, enquanto dívida bruta recuou
• Prévia do PIB teve alta em janeiro. O índice que mede a prévia do PIB subiu 0,9% — fazendo o dólar cair e a bolsa brasileira subir