O governo Trump resolveu tirar o pé do acelerador — pelo menos quando o assunto envolve Big Techs.

A Alfândega dos EUA anunciou a isenção de celulares, laptops, semicondutores e outros eletrônicos das tarifas recíprocas de 125% impostas a China — mantendo os 20% já existentes — e de 10% aplicada a outros países.

• De acordo com o presidente americano, a cadeia de eletrônicos será encaixada em outro “balde” tarifário diferente, que deve ser anunciado nas próximas semanas.

Com isso, produtos que representam quase US$ 390 bilhões em importações, incluindo mais de US$ 100 bilhões vindos da China, foram blindados do tarifaço.

Só em 2024, os EUA importaram mais de US$ 41 bilhões em smartphones chineses e US$ 36 bilhões em computadores.

A notícia foi especialmente bem recebida pela Apple, que teria que decidir entre reduzir margens ou aumentar preços se as tarifas entrassem em vigor.

Um iPhone 16 Pro, por exemplo, poderia saltar de US$ 549 para mais de US$ 1.300, segundo simulações. A empresa chegou a fretar aviões para acelerar embarques de 600 toneladas de iPhones na Índia e evitar nova taxação.

Além da 🍎, outras gigantes como Nvidia e Intel também saem ganhando. Os produtos isentos — como semicondutores e telas planas — não são fabricados em larga escala nos EUA e levariam anos para serem relocalizados.

Looking forward: Em comunicado feito pelo porta-voz do Ministério do Comércio do país, a China solicitou aos Estados Unidos que “cancelem completamente” as tarifas alfandegárias recíprocas.