A segunda maior economia do mundo mostrou sinais claros de desaceleração em julho, como resultado de problemas internos e externos enfrentados pelos chineses.

Dados oficiais apontam que a produção industrial cresceu 5,7% em relação a julho de 2024 — o pior desempenho desde novembro e abaixo das previsões. Mas não pense que foi somente a indústria que decepcionou:

• O varejo avançou apenas 3,7%, a menor alta do ano;
• Os investimentos recuaram, com expansão de só 1,6% nos primeiros 7 meses;
• O desemprego subiu para 5,2%, pressionado pela entrada de milhões de jovens recém-formados.

No setor imobiliário, considerado o coração da economia chinesa, os preços de novas residências caíram 2,8% em julho. Como a maior parte das famílias guarda riqueza em imóveis, a queda do setor tende a frear também o consumo.

O governo chinês atribui parte da perda de fôlego ao tarifaço de Trump, que vem afetando a confiança dos investidores e limitando exportações. Para se ter uma ideia, os empréstimos bancários encolheram pela primeira vez em 20 anos,

Bottom-line: A desaceleração ocorre apesar do crescimento de 5,3% no primeiro semestre, que mantinha o país a caminho de cumprir a meta de 5% para 2025.