As polêmicas do caso Master pareciam estar chegando ao fim com o anúncio da sua venda por R$ 3 bilhões para a Fictor. Mas a alegria durou pouco…

Algumas horas depois do acordo, Daniel Vorcaro, dono do banco, foi preso pela PF quando tentava embarcar em um jato particular para o exterior. Mais do que isso, o Banco Central barrou a venda e decretou oficialmente a liquidação do Master.

O contexto do Banco Master

O patrimônio líquido do banco saltou de R$ 219M para quase R$ 5 bi em 5 anos com duas estratégias para lá de agressivas:

• Oferecer CDBs de 120% a 140% do CDI, bem acima da média do mercado.
• Pagar comissões de 4% para agentes financeiros que vendiam esses seus CDBs. Grandes bancos pagam 0,5%.

Desde o início do ano, o mercado já avaliava que “uma hora essa bomba iria estourar”. Isso porque o banco não tinha ativos suficientes para garantir esses pagamentos no futuro — conhecido como operação sem lastro.

Em março, o Banco de Brasília (BRB) tentou comprar o Master em uma transação de R$ 2 bi, mas o Banco Central não aprovou.

Barrou lá atrás, liquidou de vez agora

Em um movimento parecido feito pela Fictor junto a um grupo de investidores árabes, o Banco Central não só barrou como decretou a liquidação extrajudicial.

Na prática, a empresa não pode ser vendida e perde todo seu poder de operação. Os correntistas e investidores do banco agora aguardam para resgatar seus investimentos.

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E como fica a operação da Polícia? A PF acusa Vorcaro e diretores do Master de montar um esquema financeiro que pode ter chegado a R$ 12 bilhões. A investigação ainda deve dar o que falar e pode movimentar o mercado.

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