Iogurte sem creme, biscoito sem cacau. Marcas estão alterando fórmulas para cortar custos, mas sem aliviar o bolso do consumidor.

Depois da onda da reduflação — quando embalagens encolheram sem baixar o preço — as empresas encontraram outro caminho para proteger margem: Mexer na fórmula dos produtos.

• O movimento ganhou força em alimentos industrializados, especialmente em categorias de alto consumo como biscoitos, chocolates e laticínios.

A justificativa oficial é o aumento dos custos de matérias-primas, como o cacau e o leite, que dispararam no mercado global.

E o impacto chega direto no bolso. Só no 1° semestre de 2025, iogurtes e bebidas lácteas subiram 4,2%, contra uma inflação geral de 2,99% medida pelo IPCA.

Nos biscoitos, a alta foi ainda maior: 5,35%. Ou seja, mesmo com produtos reformulados — e, em muitos casos, menos nutritivos — o consumidor continua pagando mais.

Bottom-line: Se você nunca percebeu, faça o teste de ir ao mercado analisar as embalagens do leite condensado. Em alguns, você pode encontrar discretamente no rótulo ‘’mistura láctea condensada’’, o que significa menos leite vegetal, mais gordura e o mesmo valor na etiqueta.