Juntando as coisas para ir embora. Dois dos principais escritórios da WeWork no Brasil estão prestes a ficar vazios já que a empresa foi, mais uma vez, alvo de ordens de despejo por aqui.

Dessa vez, a companhia de coworking não pagou o aluguel em prédios da Faria Lima e da Av. Presidente Juscelino Kubitschek — também conhecidos como os centros financeiros da maior metrópole do país.

• As dívidas nesses dois endereços chegam a quase R$ 7 milhões. Fora eles, pelo menos dois outros processos por inadimplência e com pedidos de despejo contra a empresa estão sendo movidos na Justiça.

A relevância: Quando a WeWork entrou com um pedido de recuperação judicial para se livrar da falência nos EUA em novembro do ano passado, a operação brasileira garantiu que os negócios por aqui não seriam afetados.No mundo todo, a empresa chegou a valer US$ 47 bilhões, mas, em três anos, despencou 99% chegando nos US$ 44 milhões — sim, com M mesmo. Mais de 150 dos 400 contratos de aluguel foram cancelados.A maré chegou por aqui? Além das ordens de despejo, das dívidas e dos processos na Justiça, a WeWork no Brasil também deve alugueis para ao menos seis fundos de investimentos imobiliários.

Se mais unidades entre os 25 escritórios da empresa em SP fecharem, isso pode levar a um aumento na quantidade de imóveis comerciais vazios na cidade — afetando o mercado imobiliário local.

Bottom-line: Nos números mais recentes, a WeWork teve um prejuízo trimestral de US$ 397 milhões, contra uma perda de US$ 635 milhões um ano antes. A receita, por sua vez, cresceu 4%, para US$ 844 milhões.

Ainda sobre as ordens de despejo no Brasil, a companhia disse que não recebeu qualquer notificação e que segue operando normalmente em todos os seus endereços no nosso país.

“Acelerar as conversas.” A operação brasileira da WeWork ainda reforça que busca chegar às melhores soluções, e que as negociações estão gerando acordo com locadores.