A pergunta pode até soar estranha, mas a verdade é que o Brasil, nos últimas décadas, vem passando por uma grande transformação no aspecto religioso — e os números comprovam isso.

Pela primeira vez desde 1872, o Brasil tem menos de 60% de católicos. Dados do Censo 2022 mostram que, atualmente,  56,7% da população se declara católica — o menor percentual já registrado.

• Há 150 anos, o país era praticamente composto por católicos em sua totalidade.
• O fator que chama a atenção é que o catolicismo recuou mais de 8% recuo em apenas uma década.

Na contramão disso tudo, os evangélicos bateram recorde e agora representam 26,9% dos brasileiros — pouco mais de 1 em cada 4.

Em números absolutos, são 47,4 milhões de pessoas. Estudos indicam que, até 2049, os evangélicos devem ser a principal religião do Brasil.

Abaixo, um retrospecto dessa mudança década a década.

Se houve um aumento no número de evangélicos e nas religiões afro-brasileiras, quem também cresceu o grupo dos sem religião, que passou de 7,9% para 9,3% da população, totalizando 16,4 milhões de brasileiros. A maioria é formada por homens (56,2%).

O crescimento evangélico, mais expressivo nas periferias e entre os jovens, aponta para uma mudança de perfil religioso, com impactos diretos em cultura, política e comportamento.

Em meio a essa transformação, o Brasil segue como um dos países mais religiosos do mundo — mas cada vez mais plural.